António Costa fez o balanço de três anos de Governação numa conferência de imprensa, no Porto. Eis as principais reações até ao momento.
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PSD: Nem tudo está mal, mas balanço é negativo
"Nem tudo está mal, mas, no balanço, faço uma avaliação negativa", disse Rui Rio, aos jornalistas, em Lisboa, depois de um encontro com o presidente de Angola, João Lourenço, que termina no sábado a sua primeira visita de Estado a Portugal. Segundo o líder social-democrata, "há um aspeto profundamente negativo", porque o Governo "não tem, ao longo destes três anos, nenhuma reforma de fundo que possibilite um melhor desenvolvimento de Portugal". A este propósito, Rui Rio acrescentou que "não há uma estratégia de crescimento económico sustentado, por exemplo, e o crescimento económico é absolutamente vital para o desenvolvimento do país". "E não há porquê? Porque não há a capacidade de fazer nenhuma reforma. E não há capacidade de fazer nenhuma reforma porquê? Porque se fossem fazer reformas fundamentais para o desenvolvimento da economia portuguesa chocavam nas divergências ideológicas que existe entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista", declarou.
CDS-PP: Costa nunca assume responsabilidades
"Este é um primeiro-ministro que nunca assume as suas responsabilidades, nunca até agora o vimos assumir as suas responsabilidades. É um padrão, infelizmente", afirmou Assunção Cristas, no Porto, onde hoje participa num jantar organizado pela Comissão Política Concelhia. A líder dos centristas comentava as declarações de António Costa que afirmou hoje que, no colapso da estrada entre Borba e Vila Viçosa, não há uma evidência da responsabilidade do Estado, salientando que aquela via rodoviária não é, desde 2005, da gestão das infraestruturas estatais. Para Assunção Cristas, o chefe do executivo "é um bom artista" na medida em que conseguiu, durante três anos, manter a estabilidade desta solução governativa, mas tirando essa habilidade, vê-se "o primeiro-ministro a falhar nos momentos mais críticos, mais duros para o país, seja no caso do incêndio de Pedrógão, seja em Tancos e agora também na reação a Borba".