Eletrónica de consumo, roupa e peixe congelado chegam pela rota do Mar Vermelho, onde os navios são atacados.
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A crise de segurança no Mar Vermelho, provocada pelos ataques dos rebeldes hutis a navios de carga, em solidariedade com o Hamas, deve chegar muito em breve ao bolso dos portugueses. O custo dos fretes, contentores e seguros disparou e o preço final de alguns produtos poderá aumentar.
“Estamos a pagar mais 20 a 30% pelos fretes e contentores e isto aconteceu no espaço de um mês. Por outro lado, os seguros dos fretes marítimos duplicaram de preço em dois meses”, afirma, ao JN, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, associação que representa a grande distribuição.
E que produtos estão em causa no caso de Portugal? Roupa, peças de eletrónica (chips para computadores e eletrodomésticos) e peixe congelado. Em declarações à TSF, a Autoeuropa disse não temer uma eventual falta de componentes, esclarecendo que as transportadoras já mudaram as rotas.
“Em outubro, 500 navios passavam pelo Canal de Suez, e agora apenas 200 usam essa via que passa ao largo do Iémen. Os outros 300 vão pelo Cabo da Boa Esperança, apesar de ser mais lento e caro”, sublinha Lobo Xavier.