Ativistas ambientais do grupo Climáximo encheram com cimento vários buracos do campo de golfe do Paço do Lumiar, em Lisboa, na última noite, em protesto pelo custo ambiental destes espaços e pela utilização pelas elites de um espaço que poderia ser público, segundo afirmam.
Corpo do artigo
Num comunicado em que referem inundações na Índia como a última manifestação das alterações climáticas no planeta, com potencial devastador para a vida humana, os ativistas criticam a existência de espaços como campos de golfe.
"Estes espaços, dentro da cidade, ao invés de serem convertidos em floresta, habitação, hortas urbanas, ou dados qualquer tipo de uso público, servem para o luxo dos ricos, à custa de uma quantidade absurda de água. São como uma torre de marfim onde os culpados por estas crises se escondem enquanto a população sofre com a seca e ondas de calor", lê-se na mensagem enviada às redações e que cita um dos ativistas que participou no protesto.
Pedindo a valorização do bem comum, os ativistas exigem que "as empresas, os CEOs e acionistas" paguem a transição energética. "As pessoas comuns estão a sofrer, a serem despejadas por senhorios ou inundações, sujeitas à precariedade pelos preços de uma energia fóssil e obsoleta, enquanto que uma elite goza descaradamente dos seus luxos", concluem.