<p>Após ter conhecido hoje, sexta-feira, a sentença de sete anos de prisão no processo Casa Pia, Carlos Cruz divulgou alguns vídeos, que afirma decorrerem de “diligências requisitadas ao Tribunal pelas defesas dos arguidos”, no seu site pessoal.</p>
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Cruz justifica a divulgação dos vídeos, onde é possível ver, por exemplo, uma das vítimas a fazer o reconhecimento de uma casa com a juíza Ana Peres, argumentando que “as notícias que foram sendo divulgadas ao longo destes quase 8 anos nunca reflectiram nem a verdade do que se encontra no Processo nem o que se passou na fase de Instrução nem no Julgamento."
Os vídeos estão editado pelo próprio com notas sobre as alegadas contradições das testemunhas. Na argumentação exposta no site, são ainda feitas considerações à actuação da TVI neste processo.
Horas antes, num conferência de imprensa, Carlos Cruz tinha afirmado que este tinha sido um " julgamento de preconceitos" cuja decisão foi tomada por um colectivo de juízes "assustados" e que "quiseram agradar ao que pensam ser a opinião pública". Numa declaração com voz embargada, Carlos Cruz reiterou: "Não há provas da minha culpa".
O ex-apresentador de televisão foi condenado a sete anos de prisão. "O que se passou hoje é um ponto de partida de uma luta pelo país", declarou Carlos Cruz, referindo que na base da sua condenação há "factos dados como provados que nunca aconteceram" e sem fundamentação.
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Ao ouvir a sentença "veio-me à memória os tribunais plenários de antes do 25 de Abril", disse. "Fui condenado sem provas", com base em "uma prova testemunhal cheia de contradições", assegurou.
"Fui testemunha-vítima de uma monstruosidade da Justiça", declarou.
Questionado sobre a razão de ter sido condenado, Carlos Cruz foi claro: "Foi um julgamento de preconceitos", conduzido por um colectivo de juízes "assustado" e que "quis agradar àquilo que pensam ser a opinião pública".
"É o dia de uma das maiores desilusões da minha vida, em que me sinto muito assustado pelo país em que estamos a viver. Aquilo que me aconteceu a mim pode acontecer a qualquer cidadão", frisou.
Nesta conferência de Imprensa, o ex-apresentador de televisão dedicou as primeiras palavras à família. "Para transmitir a tranquilidade e a calma que sinto", apelou. Com voz embargada.
Em seguida, agradeceu aos seus advogados, Sá Fernandes e Serra Lopes, destacando a sua personalidade e carácter: "Nunca defenderiam um abusador de crianças".