Na segunda reserva de recrutamento divulgada esta sexta-feira, ficaram por preencher 600 horários, divulgou o ministro da Educação. O arranque do ano letivo vai ser feito entre 13 e 16 de setembro. João Costa garante que as medidas aplicadas no recrutamento permitiram reduzir em 40% a estimativa da Pordata que previa 100 mil alunos sem todos os docentes no início das aulas - ou seja, 60 mil.
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A estimativa é "grosseira" mas ainda assim representa uma melhoria face às estimativas da Pordata, frisou João Costa em conferência de Imprensa, no Ministério da Educação, sobre a colocação dos professores. "Grosseira", explicou, porque nem todos os horários em concurso são para dar aulas (podem ser para apoios ou projetos, apontou). Depois, até ao arranque do ano letivo haverá mais uma reserva de recrutamento na próxima sexta-feira e até lá horários em oferta de escolas que podem ser preenchidos.
"Não houve nunca um ano com todos os alunos com todos os professores no primeiro dia de aulas", defendeu o ministro aos jornalistas, insistindo que a esmagadora maioria, num universo de mais de um milhão de alunos, tem todos os docentes. "Há um problema crescente de falta de professores em Portugal", assumiu, frisando que muitos outros países enfrentam as mesmas dificuldades.
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Mais de duas mil baixas desde 1 de setembro
Desde 1 de setembro, divulgou, foram entregues mais de duas mil baixas por professores. Nesta reserva de recrutamento, revelou, dos 4416 horários a concurso foram preenchidos cerca de 97% e alguns, sem candidatos, já foram enviados para contratação direta pelas escolas.
"Desde 2019 que o número de horários por preencher não era tão baixo", sublinhou o ministro, assumindo que com o número recorde de aposentações e de professores com reduções de horário pela idade, este será um ano com "muito maior pressão".
Os horários lançados a concurso pelas escolas podem ser preenchidos por licenciados sem profissionalização (mestrado em ensino). Mais de 100 vagas já foram preenchidas por estes candidatos em Informática, revelou.
O ministério, divulgou João Costa, esta a divulgar estes horários, lançados pelas escolas, junto de universidades e centros de emprego para chegarem a mais candidatos.
O ministro reafirmou que acredita que este será um arranque de ano letivo "tranquilo". E que pretende através das negociações com os sindicatos no final do mês acabar com o modelo de carreira "da casa às costas".