O desvio de Portugal nos últimos 12 meses foi de 1,9% face à União Europeia. Desde final de 2009, subiram 14,6% mas no conjunto da UE baixaram 8,5%.
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Os preços das telecomunicações subiram mais em Portugal do que no total da União Europeia (UE), ao longo dos últimos 12 meses. A diferença foi de 1,9%. Além disso, em julho deste ano a subida dos preços foi de 3,9% face ao mesmo mês de 2022. Aliás, se alargarmos o espaço temporal, já tiveram um agravamento de 14,6% desde o final de 2009, enquanto que na UE verificou-se até agora uma redução de 8,5%.
Em Portugal, a taxa de variação média dos preços das telecomunicações entre julho de 2022 e o mês passado foi de 2,6%. Por subgrupo, de acordo com o Eurostat, as taxas de variação média dos últimos 12 meses foram de 4,2% nos serviços em pacote e de 1,4% nos serviços telefónicos móveis.
A variação no nosso país foi 1,9% superior à da UE, já que em todo este espaço os preços das telecomunicações aumentaram, em média, 0,7%. Em jeito de comparação, verifica-se que as taxas de variação nos serviços em pacote e serviços telefónicos móveis em Portugal foram ambas 2,1% superiores à média europeia.
Os dados constam do último relatório sobre a evolução dos preços publicado pela Anacom, a Autoridade Nacional de Comunicações.
Portugal registou a décima variação de preços mais elevada entre os países da UE. O maior aumento foi na Polónia (mais 7,2%) e a maior descida nos Países Baixos (menos 3,2%).
Os preços, medidos através do respetivo grupo do Índice de Preços do Consumidor (IPC), não se alteraram no mês passado face a junho. Já em comparação com o mês homólogo de 2022, subiram 3,9%.
Entre final de 2009 e julho deste ano, cresceram em Portugal 14,6%, enquanto na UE baixaram 8,5% e na Bélgica a subida ficou-se pelos 2,1%. Pelo contrário, caíram 14,5% e 12,7% na Alemanha e Luxemburgo, respetivamente.
Segundo o relatório, as mensalidades mínimas são oferecidas pela Nowo em oito casos de um leque de 13 serviços/ofertas, enquanto a MEO e a Vodafone apresentaram as mensalidades mais baixas para quatro e dois tipos de serviço/ofertas, respetivamente. A NOS apresentava a mais reduzida em um serviço/oferta.
A Anacom já tinha anunciado que as receitas de serviços de telecomunicações em pacote aumentaram 8,8% no primeiro semestre para 1004 milhões de euros (51,8% do total das receitas retalhistas), tendo sido o maior crescimento anual desde 2016. No final de junho, os subscritores de pacotes de serviços eram 4,6 milhões, mais 131 mil (2,9%) do que no mesmo semestre de 2022