Autarca de Gaia vê como "excelente sinal" saída do Governo da presidência das CCDR

Presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues
Artur Machado / Global Imagens
O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, vê como um "excelente sinal" a saída do Governo da presidência das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR), deixando de ter um representante nomeado pelo Executivo. O autarca diz que irá "esperar pela apresentação formal", mas admite que "há dados absolutamente extraordinários".
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, vê como "um excelente sinal" a abertura do Governo "para considerar um vice-presidente [das CCDR]" eleito "entre todos os representantes não autárquicos". Para o autarca socialista, é "um excelente sinal" o facto de "não haver uma indicação forçada de um presidente ou de um vice-presidente que podia ser sempre entendido como uma espécie de fiscal do Conselho de Administração ou da direção da CCDR".
O autarca vai esperar "pela apresentação formal", uma vez que o modelo foi divulgado na semana passada "à porta fechada", mas admite "que há dados absolutamente extraordinários", tais como "a abertura do Governo para considerar um vice-presidente que decorra de uma eleição no Conselho Regional".
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"Devolução do poder às regiões"
"Parece-me um bom sinal e um sinal de que não se trata apenas de uma 'descentralizaçãozinha', mas de uma medida estruturada de devolução do poder às regiões", afirma. O autarca respondeu às questões dos jornalistas à margem da reunião do Conselho Metropolitano do Porto, que decorreu esta manhã de sexta-feira.
O Governo sairá, assim, de cena, e as CCDR passarão a ter uma voz das empresas, das instituições de Ensino Superior, dos sindicatos e de associações cívicas nas respetivas presidências. A nova orgânica das CCDR prevê uma liderança reforçada com um presidente e quatro vice-presidentes. Nenhum será nomeado diretamente pela Administração Central.
