Evolução positiva das condições materiais de vida pesa agora mais do que a qualidade de vida. Índice de participação eleitoral e satisfação com serviços de Saúde e Educação em queda.
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O índice de bem-estar dos portugueses ficou a cinco décimas do valor registado em 2019, o mais alto numa série a 20 anos, fixando-se nos 46, o dobro face a 2004, acaba de revelar, nesta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). Para este desempenho ponderou mais a evolução do indicador que avalia as condições materiais de vida, atingindo o valor mais alto no período em análise (2004-2023), do que o que calcula a qualidade de vida, que caiu para os 45.
Analisando a série do INE, o movimento ascendente do índice de bem-estar, iniciado em 2013, apenas foi interrompido em 2020, quando o país enfrentava o primeiro ano da pandemia de covid (quebra de 1,5 pontos percentuais). Antes, a registar as quebras em 2011 (para 33) e 2012 (para 31), anos de intervenção da “troika”. No ano passado, aquele indicador fixou-se nos 46, mais cindo décimas face ao ano transato e a igual distância do máximo registado em 2019.