Os bispos portugueses ainda esperam um volte-face na legislação que aprovou a legalização da eutanásia e do suicídio medicamente assistido.
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Reunido na tarde desta terça-feira em formato online, devido à intempérie, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) manifestou "tristeza" pela decisão da Assembleia da República e expressou o desejo que o diploma aprovado "possa ainda ser alterado, dado o processo legislativo não estar ainda concluído".
A posição do episcopado é conhecida no mesmo dia em que o Parlamento rejeitou, em definitivo, o projeto do PSD que pedia um referendo sobre a despenalização da eutanásia, depois de o diploma ter sido recusado pelo presidente da Assembleia da República por inconstitucionalidade.
A par da eutanásia, o Conselho Permanente da CEP fez o "ponto da situação" da investigação em curso aos casos de abusos sexuais de menores na Igreja em Portugal. Em comunicado, o organismo anuncia que da reunião desta terça-feira saiu a decisão de realizar uma assembleia plenária extraordinária da CEP para analisar o relatório da comissão independente, que será entregue em fevereiro próximo. Essa assembleia deverá acontecer no final do retiro do episcopado, marcado para o dia 3 de março.
O Conselho Permanente da CEP decidiu ainda lançar uma campanha de angariação de fundos junto das dioceses e de outras instituições eclesiais a favor da arquidiocese de Kiev, em resposta a um pedido "urgente" do arcebispo local para apoio financeiro à Igreja da Ucrânia.