A Igreja Católica não exclui a possibilidade de introduzir novas medidas restritivas nas celebrações religiosas, como medida para "colaborar ativamente" na luta contra a crise pandémica e ajudar a "inverter a curva ascendente" de contágios e mortes por covid-19, admitiu esta quarta-feira o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
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Em declarações à agência Ecclesia, D. José Ornelas revelou ter estado em contacto esta manhã com todos os bispos e prometeu para a próxima semana uma nova tomada de posição da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). sobre o assunto, que poderá conter "novas medidas", que devem "exigir um esforço muito maior" de todos.
"Estamos a adaptar, em cada situação, as formas de atuação nas nossas igrejas, nos nossos movimentos e eventos pastorais, para restringir ao máximo aquilo que possa ser ocasião de contágio", adiantou o presidente da CEP e bispo de Setúbal.
Recorde-se que, na semana passada, depois de o primeiro-ministro ter anunciado um novo confinamento, e apesar das novas regras permitirem a celebração de cerimónias religiosas, a CEP determinou a suspensão ou adiamento das celebrações de batismos, crismas e matrimónios, face à "gravíssima situação" provocada pela pandemia.
"É importante que nos empenhemos, com seriedade e responsabilidade, nos nossos comportamentos, renunciando àquilo que é preciso renunciar. Não estamos a sair nem vamos sair desta situação sem sacrifício, sem esforço, sem contenção", sublinhou D. José Ornelas.