PS e PSD, sozinhos ou em coligações, dominam o poder nas juntas.
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À semelhança do que sucedeu nas eleições para os executivos municipais, PSD e PS também dominaram de forma clara nas juntas de freguesia. Mas ao contrário do que sucedeu nas escolhas para as câmaras, em que o PSD levou a melhor sobre o PS, foram os socialistas a conseguirem mais presidentes de junta.
Conforme um levantamento feito pelo JN tendo em conta os resultados oficiais publicados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), o PS, em listas individuais ou em coligação com outros partidos, obteve 2378 presidências, enquanto que o PSD, também a sós ou em conjunto com outros partidos, ficou-se pelas 1449.
Dado curioso foi o facto de os sociais-democratas terem conseguido mais autarcas de freguesia em parceria com outros partidos, nomeadamente com o CDS, do que concorrendo sem companhia - apenas 409. O PS, por seu turno, destacou-se na liderança das vitórias alcançadas sem qualquer parceiro de lista, 769 em todo o continente e regiões autónomas. Ainda assim, e também comparando com as freguesias onde se apresentou autónomo, o PS obteve menos 119 freguesias do que em 2021. Já o PSD, igualmente sem alianças, baixou apenas 28.
Para lá dos dois principais partidos, e ainda segundo o SGMAI, houve a registar a estreia do Chega na liderança de juntas de freguesia, 13 no total. Já a CDU, que agrega PCP e PEV, desceu das 112 de 2021 para 97. E o CDS-PP chegou às 44, menos três do que os 41 do anterior escrutínio municipal. Números que, mesmo que somados, ficam muito aquém dos alcançados pelo PS e pelo PSD a nível global nas autárquicas realizadas anteontem.