Câmara de Braga recorre a 60 desempregados para suprir falta de operacionais nas escolas. Uma não abriu.
Corpo do artigo
A Câmara de Braga vai ter de recorrer ao Instituto de Emprego e Formação Profissional para contratar temporariamente 60 assistentes operacionais, de forma a colmatar imediatamente a falta daqueles trabalhadores nas escolas do concelho.
"No arranque do ano letivo, houve 48 que meteram baixa, o que nos obriga a recorrer aos contratos de inserção do IEFP", esclareceu Ricardo Rio, no final da reunião de ontem. A falta de assistentes levou à não abertura de uma escola na Ponte Pedrinha.
O autarca salientou que está a decorrer a avaliação das candidaturas do concurso público aberto para o efeito, mas sublinhou que "está atrasado", já que concorreram mil pessoas: "Ao todo, vamos contratar 250 assistentes" adiantou.
Apesar dessas garantias, a oposição, PS e CDU, criticou a maioria PSD/CDS dizendo que "houve mais do que tempo" para preparar a abertura do ano letivo. Assim, o socialista Artur Feio disse que, até à última quinta-feira, o Município nada tinha pedido ao IEFP: "A vereadora da Educação responde com evasivas num tema que prejudica muitas famílias e opta por paliativos, como os da requisição de desempregados ou o recurso a funcionários da BragaHabit".
pôr ensino a funcionar
Já o vereador comunista, Carlos Almeida, disse que "o Estado não se pode desresponsabilizar do problema", mas, sublinhou, "a verdade é que a Autarquia assinou protocolos com o Governo para a colocação de funcionários nas escolas e eles não chegam quando é preciso pôr o ensino a funcionar".
Sobre os 48 assistentes de baixa médica, Carlos Almeida aventou que se devem, por certo, a doenças, mas também a "medo da pandemia e ao excesso de trabalho a que os assistentes estão obrigados" com a situação criada pela covid-19.
POLÉMICA
Três propostas e nenhuma solução para via entupida
A Câmara aprovou a obra de repavimentação, por 699 mil euros, da Avenida Padre Júlio Fragata, a variante com mais tráfego automóvel. O socialista Artur Feio defendeu que, em vez de se investir em obras que não resolvem o problema do excesso de automóveis, seria preciso implementar um estudo, feito pela Câmara em 2015, que prevê a semaforização da via. Em resposta, Ricardo Rio disse ter um outro estudo, da Universidade do Minho, que considera que a semaforização traria o caos ao trânsito. E queixou-se da falta de apoio governamental. Já a CDU defende um plano de trânsito com vias alternativas que contornem a cidade.