O desemprego, no distrito onde nasceu a indústria têxtil e onde os têxteis e os seus derivados continuam a ser o principal motor económico, foi motivo das mais acesas discussões nas últimas legislativas tal como promete voltar a ser este ano.
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Há quatros anos atrás, António José Seguro, cabeça de lista do PS por Braga, tinha eleição garantida como deputado mas apresentava-se como candidato a primeiro-ministro. Os socialistas perderam as eleições e Seguro perdeu o PS para António Costa, abandonando a assembleia de república. Pelo PSD, Miguel Macedo, eleito deputado, rapidamente chegou a ministro.
No CDS, Telmo Correia fez parceria com Altino Bessa (o vereador da autarquia bracarense, agora fora da lista depois de uma acesa e conhecida discussão com Paulo Portas). Agostinho Lopes, pela CDU, foi talvez o deputado que mais requerimentos e perguntas apresentou sobre o distrito de Braga. Localmente, com os partidos já a pensar nas autárquicas, o desemprego continua a ser um problema comum. Em Outubro de 2011, mês das legislativas, eram 15,122 as pessoas sem trabalho no concelho de Braga. Em Julho de 2015, o último número disponível, são 11,039 os desempregados. Este ano, PSD e CDS apresentam-se aos leitores em coligação.
O atual ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva (PSD) é o primeiro da lista. Telmo Correia é o único candidato do CDS com possibilidade real de ser eleito por Braga. Manuel Caldeira Cabral, PS, um académico de renome que nada tem a ver com o distrito de Braga, já anda no terreno a dar-se a conhecer aos eleitores. Gradualmente, começa a ser identificado pela população e mostrar ter conhecimento dos problemas que afligem os bracarenses. Pela CDU, Carla Cruz tem a árdua tarefa de ser eleita. A CDU sempre levantou a bandeira contra o desemprego e está nas fábricas e nos sindicatos, ao lado dos trabalhadores. Podem estar ai os votos que Carla precisa.