Bragança: Falhas nos serviços de saúde incendiaram a campanha das legislativas em 2011
O encerramento do serviço de atendimento permanente durante a noite nos Centros de Saúde de vários concelhos do distrito de Bragança, bem como a incerteza sobre a permanência do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros foram temas que incendiaram a campanha para as legislativas em 2011.
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As várias forças partidárias fizeram bandeira do tema saúde e deram conta das dificuldades de acesso aos cuidados médicos por parte dos transmontanos, nomeadamente dos doentes do foro oncológico que perderam os apoios às deslocações fora da região.
Jorge Gomes, cabeça de lista do PS em 2015, enumera um vasto rol de problemas cuja resolução está em aberto, desde a questão do helicóptero "que não está resolvida, só ainda não saiu do distrito porque as providências cautelares o travaram", aos vários serviços que se perderam há quatro anos, como as especialidades nos centros de saúde. "Desde a fisioterapia, podologia, radiologia ou terapia da fala ", descreveu Jorge Gomes, que não esquece os 80 enfermeiros dispensados da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSN).
O melhor funcionamento dos serviços de saúde continua a ser uma das reivindicações do deputado social-democrata, Adão Silva, cabeça de lista da coligação PSD-CDS/PP, 'Portugal à Frente por Bragança', que nas legislativas anteriores foi eleito deputado. Ainda que diga que a ULS está com "mais robustez financeira", fruto do investimento do governo, admite que se pode fazer mais. "Quando a ULS foi criada no final do anterior governo estava quase em fase de falência técnica, reergueu-se e agora está mais saudável e pode dar um melhor serviço às populações", afirmou o deputado.
José Freire, candidato do Bloco de Esquerda, critica o esvaziamento de serviços no distrito, nomeadamente do setor da saúde, destaca o encerramento dos centros de saúde durante a noite. "É na saúde que se perdem serviços a uma velocidade vertiginosa, com a desculpa do despovoamento e da baixa densidade demográfica. Estamos a ser abandonados à nossa sorte", afirmou.