Marisa Matias considerou que Bruxelas não pode fazer com o Orçamento do Estado "o que fez com o Banif", reiterando apoio ao Governo de António Costa na defesa dos interesses nacionais.
Corpo do artigo
A candidata presidencial apoiada pelo BE escolheu a feira semanal de Vila do Conde para começar o último dia de campanha presidencial, que encerra à noite em Coimbra, e no final, em declarações aos jornalistas reiterou a mensagem de que "em Portugal quem manda são as pessoas, a maioria que elegeu este Governo e portanto Bruxelas não pode contrariar".
"Bruxelas não pode fazer com o Orçamento o que fez com o Banif. Não podemos conhecer cartas que dizem: vendam lá ao Santander e não se pensa sequer em opções'", criticou.
De acordo com a edição do semanário "Expresso", Bruxelas exigiu a venda do Banif ao Santander, dando nota de um email enviado pela presidente do Mecanismo Único de Supervisão ao ministro das Finanças, Mário Centeno.
A candidata apoiada pelo BE defendeu que é preciso, "relativamente ao orçamento, relativamente à vida das pessoas, de estabilidade e de garantir que os seus direitos são cumpridos".
"É em nome deste Portugal, que sofreu muito, muito mais do que seria admissível em qualquer democracia, que eu quero ser Presidente da República", sublinhou.
Sobre o Orçamento do Estado para 2016 e o facto de o Governo prever um défice de 2,6% do PIB para este ano, menos 0,2 pontos percentuais do que o previsto no programa do executivo, Marisa Matias não teme que possam cair medidas acordadas pelo PS com o PCP e o BE.
"Precisamos mesmo é de ter uma maioria parlamentar, um Governo e uma Presidente da República que defendam os acordos que foram feitos entre o Governo do primeiro-ministro, António Costa, e a maioria parlamentar, que começam a repor alguns direitos daqueles que estão garantidos na Constituição", vincou.
A candidata apoiada pelo BE aproveitou para insistir numa ideia que tem defendido desde quinta-feira: "Precisamos de uma Presidente que os apoie para dizer que em Portugal manda quem elegeu quem nos governa e não Bruxelas".