Cada vez mais autarquias optam por vigiar os areais fora da época balnear
Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores apela a que socorro se estenda "a todas as praias durante todo o ano". Pelo menos quatro municípios já o fazem.
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Após um fim de semana trágico, com 249 salvamentos e três pessoas ainda desaparecidas no mar e uma no rio, a Federação dos Nadadores Salvadores exigiu que a vigilância dure “o ano inteiro” e em “todas as praias”. A esmagadora maioria dos areais portugueses não têm nadadores-salvadores fora da época balnear, mas há cada vez mais autarquias a optarem por antecipar a vigilância, como Oeiras, que o fará em 2025. Viana do Castelo, Gaia, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Almada, Albufeira, Sintra, Cascais, Costa de Caparica, Nazaré e Matosinhos também já o fazem, com as quatro últimas a socorrerem todo o ano.
Há cada vez mais pessoas a rumar à praia fora da época balnear, entre as quais se encontram “cada vez mais nacionalidades que não conhecem as características da costa portuguesa” (ver entrevista ao lado), um dos motivos para o aumento dos afogamentos no nosso país. A “fraca educação sobre segurança aquática e a falta de vigilância nas praias” são outras das razões para a subida das tragédias , referiu ao JN Alexandre Tadeia, presidente da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores, que considera que “a vigilância não se pode restringir ao verão”.