As dificuldades dos hospitais para manter as urgências de obstetrícia e os blocos de parto abertos persistem e em alguns casos agudizam-se. Esta semana, há seis maternidades que encerram por falta de médicos, duas das quais durante vários dias seguidos.
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O fecho mais prolongado é o do Hospital de Portimão. Segundo informação do Portal do SNS, o bloco de partos encerra quarta-feira às 9 horas e só tem reabertura prevista para as 21 horas da próxima segunda-feira. O que significa que todos os partos do Algarve vão ficar concentrados em Faro.
No Hospital das Caldas da Rainha, a urgência e o bloco de partos fecham sexta, sábado e domingo.
Na unidade de Abrantes, os dois serviços fecham às 9 horas de terça-feira e abrem às 9 horas do dia seguinte.
No Hospital do Barreiro, o bloco de partos fechou esta noite e reabre amanhã às 9 horas, voltando a encerrar quarta-feira às 21 horas até às 9 horas de quinta-feira.
No Hospital de Setúbal, a urgência e o bloco de partos fecham entre as 9 horas de sexta e as 9 de sábado.
Já no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, vão fechar os dois serviços na terça-feira às 20 horas e reabrem às 8 horas do dia seguinte. Depois voltam a encerrar entre as 8 horas e as 20 horas de quinta-feira.
Diretor executivo do SNS visita maternidades de Lisboa e Centro
Esta segunda-feira, o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde visitou as maternidades do Hospital de Vila Franca de Xira e do Centro Hospitalar Barreiro - Montijo com o objetivo de avaliar as condições existentes e ouvir os profissionais que estão no terreno.
Amanhã, Fernando Araújo vai visitar os serviços de Obstetrícia/ Ginecologia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, ULS Castelo Branco e do Centro Hospitalar da Cova da Beira.
As visitas têm sido acompanhadas por elementos das ARS de Lisboa e Vale do Tejo e do Centro, respetivamente e da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/ Obstetrícia e Bloco de Partos e do Colégio de Especialidade de Obstetrícia/ Ginecologia da Ordem dos Médicos.
O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, já frisou que este é o momento para a avaliação técnica e que as decisões sobre eventuais concentrações de serviços só serão tomadas em 2023.