Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar quer subir oito posições na tabela remuneratória, colocando os vencimentos base nos 1215,93 euros, um nível abaixo do que ganham os enfermeiros no início da carreira. Primeiro encontro com o Ministério da Saúde terminou sem acordo, mas já está agendada nova reunião para quarta-feira.
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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (STEPH) reuniu, esta segunda-feira, com o Ministério da Saúde para discutir o índice base da carreira remuneratória.
Os técnicos das ambulâncias e das centrais do INEM querem saltar do nível 6 para o nível 14 da tabela remuneratória única, o que corresponde a um aumento de cerca de 460 euros, dos 757 euros para os 1215,93 euros (na nova tabela de 2023).
Mas o Governo propôs o nível 7 da carreira (861 euros no próximo ano). O encontro acabou sem acordo, mas está agendada nova reunião para amanhã.
Até lá mantém-se a greve às horas extraordinárias, que decorre desde o passado dia 8.
"A proposta do Governo é muito díspar da nossa", disse, ao JN, o presidente do STEPH que está "confiante num aumento significativo" por parte do Governo. Desde logo para atrair mais técnicos aos concursos e para estancar a saída de profissionais para outras carreiras com melhores salários.
Ultrapassar carreiras para evitar debandada
"Para darmos resposta imediata a todas estas saídas" é preciso ultrapassar os vencimentos das forças de segurança da Proteção Civil, dos bombeiros sapadores e da força especial de bombeiros, destaca Rui Lázaro.
O presidente do STEPH dá o exemplo do concurso para a Autoridade Nacional de Proteção Civil, cujo valor base da carreira são 955 euros. "Estas vagas vão ser preenchidas por TEPH do INEM", lamenta.
Segundo o STEPH, o que exigem representa um acréscimo de despesa para o INEM de 3,5 milhões de euros/ano, inferior aos 5,7 milhões de euros que o instituto teria gasto se tivesse contratado todos os TEPH previstos para este ano. I.S.v
