O candidato Cândido Ferreira disse ter a expectativa de vir a ser o segundo mais votado no dia 24, reiterando ser o único capaz de derrotar Marcelo Rebelo de Sousa numa segunda volta.
Corpo do artigo
Em declarações aos jornalistas, antes de iniciar o encontro marcado na Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, e questionado sobre as expectativas que tem para o próximo domingo, dia de eleições presidenciais, Cândido Ferreira disse esperar um "resultado apreciável".
"Apreciável é ter mais votos, ser o segundo mais votado", disse o candidato, reafirmando que se houver uma segunda volta, a sua "seria a única candidatura que poderia vencer Marcelo Rebelo de Sousa".
A propósito do tema da visita, Cândido Ferreira começou por dizer que a sua campanha é uma campanha de causas e que um dos setores mais esquecidos entre os portugueses é o dos deficientes das Forças Armadas.
Nesse sentido, deixou propostas, "que não custam dinheiro", nomeadamente a criação de um cartão de ex-combatente e a retirada das ruas de "todos os antigos combatentes na situação de sem-abrigo", bem como "a prestação gratuita de cuidados de saúde, de alimentação e alojamento a todos aqueles sem-abrigo que possam aceitar esses apoios sociais do Estado, através de rastreio e acompanhamento por psicólogos".
Propôs igualmente a "prestação gratuita de assistência médica aos veteranos com rendimentos inferiores ao ordenado mínimo nacional", bem como a isenção de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde.
De seguida, mostrou preocupação pelas "pressões que estão a ser feitas pelos mercados sobre Portugal" e deixou a certeza de que a sua candidatura "é, provavelmente, aquela que mais possibilidade oferece de garantir à comunidade internacional o bom nome de Portugal".
Relativamente à sua campanha, em jeito de balanço, Cândido Ferreira disse que tem conseguido passar a mensagem de que fala com verdade, mesmo quando os restantes candidatos o tentaram desmentir, e voltou a atacar Sampaio da Nóvoa, Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo de Morais, respetivamente, sobre o passado académico, serviço militar obrigatório e declaração de rendimentos.
Cândido Ferreira entende que não tem feito acusações, mas sim constatações, e afirmou que pretende apenas que os respetivos assumam o seu passado e que "reconheçam que fizeram estes atos".
"Ser Presidente da República não é a mesma coisa que participar num casting para um qualquer 'Big Brother', não são intrigas. A magistratura da Presidência da República tem de ser suficientemente importante e digna para estar salvaguardada deste tipo de acontecimentos. As pessoas têm de ter um passado limpo, sério e o seu passado tem de ser escrutinado", defendeu.