Todas as casas de primeira habitação afetadas pelos fogos de junho de 2017 e dois terços referentes aos incêndios de outubro do ano passado já foram sujeitas ou estão em obras, no âmbito das "grandes empreitadas" lançadas pela CCDR Centro.
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A informação foi dada, esta quarta-feira, pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, em comissão parlamentar, tendo precisado que, das 1480 primeiras habitações afetadas, "neste momento estão em obra, fase de obra ou concluídas 1126 habitações, o que corresponde a 100% das habitações dos incêndios de junho e a mais de 2/3 das habitações afetadas pelos incêndios de outubro".
Segundo Pedro Marques, das restantes habitações, "um número razoável" são de empreitadas que a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) deverá "lançar brevemente".
"Uma boa parte delas (habitações) corresponde a processos de demonstração de que a habitação é mesmo de propriedade própria, de primeira habitação, ou da responsabilidade dos particulares", que preferiam assumir os trabalhos e são depois reembolsados, acrescentou o governante.
Em 17 de junho de 2017, as chamas que deflagraram no município de Pedrógão Grande, no interior do distrito de Leiria, e que alastraram a concelhos vizinhos, fizeram 66 mortos e 253 feridos, atingiram cerca de meio milhar de casas e quase 50 empresas, e devastaram 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta.
Cinquenta pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas na sequência dos incêndios de outubro de 2017 na região Centro, que também destruíram total ou parcialmente cerca de 1500 casas e mais de 500 empresas.