As gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, que receberam o medicamento Zolgensma no Hospital de Santa Maria (Lisboa), tiveram "tratamento igual a qualquer cidadão" e o "procedimento" foi "transparente em termos administrativos". As palavras são do presidente da República, que voltou a falar sobre o caso.
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Questionado pelos jornalistas na Universidade de Braga, Marcelo Rebelo de Sousa declarou, esta sexta-feira, que nada mais tem a acrescentar, mas acredita que não houve tratamento de preferência concedido às gémeas e que o processo de atribuição do medicamento Zolgensma foi "transparente".
"Como sabe sobre isso, esclareci tudo o que havia para esclarecer da parte da Presidência da República e entreguei [os documentos] à Procuradoria-Geral da República. Está esclarecido que não houve nada que não fosse o respeito da lei, não houve nada que não fosse o tratamento igual a qualquer cidadão, não houve nada que não fosse um procedimento transparente em termos administrativos. A partir do momento em que houve a comunicação ao Governo, aí começa um processo no qual a Presidência da República não teve qualquer intervenção", sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente da República continua a negar qualquer intervenção para facilitar o acesso ao fármaco pelas meninas luso-brasileiras, apesar de ter recebido um e-mail do filho Nuno Rebelo de Sousa sobre o tema. A auditoria interna do Hospital de Santa Maria concluiu que a consulta das gémeas naquela unidade foi marcada após contacto da Secretaria de Estado da Saúde, à data liderada por Lacerda Sales. O socialista já negou que tenha solicitado o agendamento da consulta.