A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, considerou, esta quarta-feira, que o ministro da Educação está "a fazer o que tem de ser feito" com o novo modelo educativo, acabando com "exames que não têm sentido".
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"O que este ministro [da Educação] está a fazer agora é o que tem de ser feito. É acabar com exames que não têm sentido e trocá-los pela avaliação que deve ser feita no nosso país, que segue os melhores exemplos internacionais e que põe o nosso país na mesma estratégia de qualificação dos países que têm as suas populações mais qualificadas", sustentou.
No final de uma visita às instalações da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, no concelho de Nelas, Catarina Martins frisou aos jornalistas que o atual ministro da Educação está a trabalhar para colocar Portugal no grupo de países que possuem uma população mais qualificada.
"O que este ministro está a fazer é não perder tempo, para tornar a integrar Portugal no conjunto dos países desenvolvidos e com população qualificada, que avalia as crianças como elas devem ser avaliadas: pelos seus professores, não abdicando de sistemas de avaliação do próprio sistema educativo, como as provas de aferição", apontou.
A porta-voz do BE aproveitou o tema para apontar o dedo ao antigo Governo de direita e a Nuno Crato, a quem acusa de ter sido radical.
"Quando Nuno Crato, no anterior Governo, decidiu quebrar todo o consenso internacional sobre a avaliação e impor exames no 1º ciclo, que não existiam em mais nenhum sítio da Europa, ninguém disse que era radicalismo! As escolas disseram, os pais disseram, mas não houve esta catadupa de comentadores tão chocados", concluiu.