Cerca de 200 jovens manifestam-se esta sexta-feira, em Lisboa, para exigir ao Governo o fim ao fóssil, numa marcha que começou na praça Luís de Camões em direção à residência oficial do primeiro-ministro.
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A marcha tem como mote "estudar para que futuro?", é organizada pelo coletivo Greve Climática, Fim ao Fóssil e é composta por estudantes que ameaçam parar as escolas durante a semana de 17 a 21 de novembro.
"Para a nossa espécie não ficar extinta, é fim ao fóssil até 2030", gritaram os estudantes durante a marcha, que terminou pelas 12.50 horas.
Foto: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
A meio do protesto, que foi acompanhado por vários agentes da PSP, os estudantes pararam junto ao parque de estacionamento da Calçada do Combro, propriedade da EMEL, onde tinham uma faixa estendida no edifício. "Fim ao fóssil", lia-se na faixa.
Em declarações à Lusa, um dos membros da organização desta marcha, Catarina Bio, explicou que o protesto que acontece hoje marca o fim da paciência destes jovens, depois de várias tentativas de contacto com o Governo. "No ano passado, entregámos uma carta ao Governo a exigir o fim ao fóssil, porque essa é a única forma de garantir um futuro aos jovens em Portugal. Esta carta é também um ultimato", explicou, acrescentando que o objetivo seria entregar a mesma carta, mais uma vez, ao primeiro-ministro, não tendo sido possível.
Foto: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
O fim ao fóssil, grito mais ouvido durante esta manifestação que contou também com lenços palestinianos, é para estes jovens "parar de queimar combustíveis fósseis na eletricidade, indústria e transportes", explicou Catarina Bio, que adiantou ainda que existem soluções como a existência de uma rede de transportes públicos capaz de deixar de lado os combustíveis fósseis e as baterias e a substituição do gás metano.
Depois da marcha, os estudantes juntaram-se no jardim de São Bento para uma assembleia-geral, de onde sairá o plano para parar as escolas no próximo mês de novembro. Catarina Bio explicou que a paralisação pode tomar várias formas - bloqueio de escolas, de anfiteatros e até o apoio de professores.
A jovem, que faz parte da organização desta marcha avançou ainda que para o dia 22 de novembro, depois do protesto de paralisação das escolas, está já prevista uma nova marcha, que "desta vez inclui toda a sociedade".