Chega vai "insistir" com audição ao funcionário que marcou consulta das gémeas

“Esta funcionária, ou estas funcionárias, que marcaram as consultas são quem melhores explicações podem dar do que fizerem, em que termos o fizeram e em que moldes e momento o fizeram”, afirmou. André Ventura realçou que vai "insisitir" na realização da audição até à próxima semana antes da formalização da dissolução da Assembleia da República, no dia 15 de janeiro. 

O presidente e deputado do Chega informou ainda que “foi aprovada a audição da ministra da justiça, também a pedido do Chega, deixando o compromisso que se esclareça o processo e a forma como é que estas gémeas obtiveram a nacionalidade portuguesa em tempo recorde e conseguiram estes tratamentos em tempo recorde, sabendo que o Brasil tinha recusado judicialmente o pagamento desta despesa”, disse.  A audição da ministra Catarina Sarmento e Castro foi aprovada com os votos a favor do PS, PSD, IL e Chega. 

André Ventura lamenta ainda a insistência de alguns partidos em recusarem que “todas as pessoas sejam ouvidas antes de o parlamento encerrar formalmente”. “Dá a ideia, quando vemos a atitude do PS e do PSD, nesta matéria, que os dois estão a tentar evitar o maior numero possível de audições sobre o caso das gémeas. Devíamos estar a potenciar que toda a verdade fosse esclarecida antes de começar o período da campanha eleitoral, quer a nível regional, quer a nível nacional. E não é isso que tem acontecido”, acrescenta. 

O caso das duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa e receberam em Portugal, em 2020, o medicamento Zolgensma, foi divulgado pela TVI, em novembro, e está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).