Chega viabiliza propostas fiscais do PSD mas desafia partido a enfrentar banca
O líder do Chega anunciou, esta terça-feira, que vai viabilizar as propostas do PSD em matéria fiscal, agendadas para discussão no dia 20. No entanto, André Ventura criticou os sociais-democratas por pouco terem a dizer acerca de habitação e por não se comprometerem com uma contribuição extraordinária sobre a banca.
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"O cerne das propostas apresentadas pelo PSD não merece o chumbo do Chega e [estas] terão, da nossa parte, luz verde para avançar", anunciou André Ventura, numa conferência de imprensa no Parlamento. No entanto, considerou que a reforma fiscal defendida pelos sociais-democratas "não toca" em dois "pontos essenciais": a crise da habitação, por um lado, e a taxa extraordinária sobre a banca, por outro.
Relativamente ao primeiro aspeto, o deputado lembrou que o Chega propõe "incentivos fiscais aos senhorios", que contribuam para que estes coloquem as casas "a preços acessíveis". No que respeita à questão da banca, vincou que o PSD "continua sem se comprometer com uma taxação extraordinária", desafiando o partido a mudar de ideias.
"Temos de baixar impostos, mas há quem esteja a lucrar extraordinariamente com a inflação e a guerra há dois anos. E o PSD não é capaz de dizer sim ou não", apontou, lembrando que o Governo italiano - "da nossa família política", realçou, referindo-se a Chega e PSD - já decretou uma taxa semelhante.
Ventura anunciou também que a moção de censura do seu partido ao Governo será formalmente entregue na sexta-feira. O texto terá a fiscalidade e a educação como dois dos "pilares fundamentais", revelou.