O pedido de informação prévia (PIP) relativo à criação de um loteamento empresarial, onde se previa a construção do polémico Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) de Caminha, foi chumbado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
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O "Jornal de Notícias" contactou o autarca de Caminha, Rui Lages, mas não foi possível qualquer reação até ao momento.
Em causa está, conforme tinha informado anteriormente fonte da CCDR-N "um pedido de informação prévia sobre a operação de loteamento empresarial, localizado em Folgosa, freguesia de Argela, concelho de Caminha, tendo por requerente a empresa Green Endogenous, e remetente o município de Caminha" .E sobre o qual os seus serviços terão agora produzido um relatório final, após "emissão dos pareceres das diversas entidades competentes". Segundo avança o jornal "Público, o parecer terá sido emitido na última semana.
Recorde-se que, de acordo com o representante da Green Endogenous, Ricardo Mourinho, foram comprados por aquela empresa, "33 terrenos, num total de 10 hectares [situados nas freguesias de Vilar de Mouros e Argela, em Caminha] para a construção do centro (CET)", num investimento de cerca de 650 mil euros.
A rejeição do PIP inviabiliza agora aquele loteamento empresarial, cujo objetivo primeiro já tinha caído por terra há alguns dias.
Recorde-se que a Câmara de Caminha, decidiu na semana passada, avançar com a resolução do contrato com a Green Endogenous, que previa a construção do CET por 8,5 milhões de euros e a sua entrega ao município em regime de arrendamento por 25 anos. À cabeça, aquela autarquia, então liderada por Miguel Alves, pagou, em 2020, 300 mil euros ao promotor, dinheiro que a Câmara liderada por Rui Lages já anunciou que pretende reaver e que usará de todos os meios ao seu alcance para o concretizar.
O autarca invocou incumprimento do promotor para decidir a resolução contratual.
Contactada a CCDR-N, fonte oficial remeteu esclarecimentos para mais tarde, sem confirmar a informação.