A diminuição de 21% do número de estudantes colocados em estabelecimentos do Ensino Superior das regiões do Interior, na primeira fase do concurso nacional de acesso, está a gerar preocupação nas universidades, politécnicos e sindicatos. É um sinal de alerta vermelho que compromete a coesão do país e a sustentabilidade das instituições. Por isso, todos pedem apoios à fixação de alunos nas zonas de menor procura.
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O número de candidatos ao Ensino Superior caiu 12%, mas as regiões do Interior foram mais afetadas. As regiões identificadas como de "menor procura" e "menor pressão demográfica" colocaram 10 151 alunos na primeira fase de acesso ao Superior, o que significa menos 21% do que na mesma fase do ano passado. Os colocados em Lisboa e no Porto apenas diminuíram 5%.
Os primeiros indícios de alarme vieram de Paulo Jorge Ferreira, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, que diz que "os sinais são preocupantes". Embora realce que esta é apenas a primeira de três fases de candidaturas, também alerta que a fase das matrículas, que começa hoje e se prolonga até quinta-feira, pode encurtar ainda mais o leque de candidatos: "Transportes e alojamento estudantil, pela escassez ou pelo custo, podem vir a afastar potenciais estudantes".