Cinco colombianos, retidos há uma semana no navio cruzeiro MSC Fantasia, em Lisboa, devido à pandemia Covid-19, têm de sair do barco até às 18 horas desta segunda-feira, mas não têm para onde ir.
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"No navio estão a obrigar-nos a sair. A Embaixada da Colômbia tem estado em conversações permanentes com o Governo português para que nos autorizem a ficarmos em território português, mas até agora não conseguimos uma resposta positiva", explica ao JN a passageira Mónica Chiquillo, de 39 anos.
Mónica está com a filha de 20 anos, que tem problemas respiratórios e depende de oxigénio. E está muito preocupada com a falta de respostas. "A minha filha precisa de estar num lugar seguro porque usa oxigénio. Não é fácil voltar ao nosso país porque não podemos apanhar um avião, por isso pedimos ao Governo português para que nos dê ajuda humanitária e nos permita estar no seu território temporariamente, até conseguirmos voltar", apela.
A filha de Mónica estava a viajar para estudar Comunicação Audiovisual, durante um ano, na Universidade de Málaga, através de um programa de intercâmbio universitário. Os outros três colombianos retidos no cruzeiro são dois amigos e a cuidadora de ambos. Os dois jovens usam cadeira de rodas e estavam a viajar para fazerem um tratamento médico.
O MSC Fantasia atracou em Lisboa no passado dia 22 de março, devido à situação de emergência da covid-19. Os dois jovens de cadeiras de rodas não conseguiram comprar voos de volta porque os aeroportos na Colômbia estão fechados, e Mónica Chiquillo e a filha, devido à condição médica da filha, não podem embarcar num avião.
O JN tentou contatar a Embaixada da Colômbia, mas ninguém atendeu. Enviou também perguntas ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e aguarda respostas.