Meta anual de redução de casos da doença dos legionários não está a ser atingida. Registo devia estar disponível desde 2019.
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O objetivo de diminuir o número de casos de legionela em Portugal não está a ser atingido e há várias iniciativas, previstas na lei, para prevenir e reduzir o risco de surtos que estão por implementar. Uma delas é a plataforma eletrónica de registo de equipamentos que podem provocar surtos da doença dos legionários, que devia estar em funcionamento desde 2019, mas ainda não foi concretizada. Na melhor das hipóteses, estará disponível em 2025, segundo um relatório recente da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). A Direção-Geral da Saúde (DGS) justifica os atrasos com a pandemia.
A cada ano registam-se cerca de 200 a 250 casos de doença dos legionários em Portugal, acima do valor base de 2016 (196 casos). E nem sempre é identificada a origem do surto, como aconteceu, em 2020, no Grande Porto [ler ao lado]. Ainda que o número de casos esteja dentro do “intervalo de valores expectável”, as metas de diminuição anual não estão a ser atingidas, lê-se no relatório síntese de monitorização da implementação de objetivos e metas - Protocolo Água e Saúde da ERSAR. Em 2022, houve 245 casos de legionela e o regulador alerta que há mais “infraestruturas hoteleiras com o respetivo aumento de equipamentos potencialmente emissores de aerossóis”.