Supermercados já disponibilizam embalagens de papel ou reutilizáveis. Clientes podem levar os seus recipientes.
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A partir de hoje, os pontos de venda a granel nas lojas de retalho têm de disponibilizar aos consumidores alternativas reutilizáveis para acondicionamento de produtos de panificação (como pães e bolos), frutas e hortícolas. Se não for possível, diz a lei, terão de ter alternativas feitas de um único material que não seja plástico. A partir de junho de 2023, os sacos ultraleves e cuvetes de plástico descartáveis serão proibidos.
As grandes cadeias de retalho asseguraram, ao JN, já estarem preparadas e até se anteciparam à lei. No Pingo Doce, por exemplo, "desde 2020" que são disponibilizados "sacos reutilizáveis em poliéster para acondicionamento de fruta e legumes vendidos a granel". Na secção de padaria, são privilegiados sacos de papel.
O Continente permite aos clientes a utilização de embalagens herméticas ( como tupperwares, que até podem ser levados de casa), na charcutaria e takeaway. Na padaria e frutas e legumes, "desde abril de 2019" que os clientes podem "levar os seus próprios sacos". Desde essa altura, acrescenta, estão disponíveis sacos reutilizáveis de diferentes materiais, como "algodão, rede de poliéster e juta".
Poliéster e algodão
O Intermarché assegura que disponibiliza estas alternativas "desde janeiro de 2020". Na padaria, os clientes têm "sacos de papel sem janela. Para as frutas e os legumes, há sacos de papel, sacos reutilizáveis 100% de algodão e 100% de poliéster, para venda.
O grupo Auchan (hipermercados Jumbo) adianta que tem várias opções reutilizáveis e que podem incorporar até uma percentagem de materiais reciclados. "Na venda de produtos a granel, há embalagens em papel desde 2019". Os clientes "podem utilizar, também, as suas próprias embalagens reutilizáveis" para transportar produtos de gastronomia, queijaria, charcutaria, pastelaria, talho e peixaria.
O Lidl Portugal conta que lançou, "em julho de 2019, os Green Bags - sacos de poliéster reutilizáveis e 100% recicláveis" para o transporte de frutas e legumes ou produtos de panificação. A empresa permite, ainda, outras soluções, como "caixas de cartão vazias - uma alternativa adotada por muitos clientes".
A cadeia espanhola Mercadona revela que, desde janeiro de 2021, tem nos seus supermercados "opções de sacos compostáveis".
SABER MAIS
Quem está abrangido?
A lei aplica-se a todos os estabelecimentos comerciais que vendem produtos da panificação (pães e bolos), frutas e hortícolas.
O que é proibido?
A partir de hoje têm de ter alternativas ao embalamento em sacos ultraleves e cuvetes de plástico. Estes serão totalmente proibidos a 1 junho de 2023.