Comissão de inquérito à TAP faz dois pedidos de levantamento do sigilo ao Supremo Tribunal
A Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP enviou dois pedidos ao Supremo Tribunal de Justiça para o levantamento do sigilo profissional das sociedades de advogados. Em causa, apurou o JN, estão documentos que as sociedades de advogados que representam tanto a companhia como a ex-administradora, Alexandra Reis, podiam recusar aos deputados, invocando o sigilo profissional.
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De acordo com o regime das comissões de inquérito, ou os advogados pediam o levantamento às ordens ou a comissão enviava esses requerimentos ao Supremo Tribunal, o que aconteceu. Esses pedidos solicitam a entrega de documentos, incluindo troca de correspondência com os clientes, apurou o JN, junto de deputados da comissão.
Na próxima terça-feira, será ouvido na comissão o ainda "chairman" da TAP. Manuel Beja, que foi demitido no mesmo dia em que a CEO, Christine Ourmières-Widener, é apontado no relatório da Inspeção Geral de Finanças como um dos responsáveis pela indemnização de meio milhão de euros paga a Alexandra Reis.
Na quinta-feira, será a vez do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Luís Laginha de Sousa. A TAP terá mentido à CMVM ao reportar que Alexandra Reis tinha renunciado ao cargo.