A nova auditoria do Tribunal de Contas à TAP vai incidir sobre os últimos seis anos da gestão da companhia aérea. A avaliação foi decidida tendo por base "a análise de risco que suporta" o seu plano estratégico até 2025, segundo adiantou o Tribunal de Contas ao JN.
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A segunda auditoria à TAP foi revelada pelo presidente daquele organismo, José Tavares, durante uma audição parlamentar a 17 de janeiro passado, na Comissão de Orçamento e Finanças.
Ao JN, o Tribunal de Contas especificou que essa auditoria decorre da conclusão da primeira avaliação feita à companhia nacional, cujo relatório foi aprovado a 7 de junho de 2018. Então, incidiu sobre a "reprivatização e recompra da TAP".
"Concluído o processo de acompanhamento do acolhimento das recomendações desse relatório e, com base na análise de risco que suporta o seu Plano Estratégico Trienal 2023/2025, o Tribunal decidiu realizar nova auditoria sobre a TAP", justificou ainda.
Tendo em conta que a primeira auditoria correspondeu ao período da "execução do processo de recomposição do capital social da TAP SGPS" até 30 de junho de 2017, o Tribunal de Contas esclareceu, também, que o período de incidência da nova auditoria começará a 1 de julho de 2017, incidindo sobre a gestão da TAP desde essa data.
Embora não adiante quais as matérias em concreto que serão analisadas neste novo procedimento, nomeadamente se se debruçará sobre o caso da indemnização de 500 mil euros à administradora Alexandra Reis para renunciar ao cargo na companhia aérea, o Tribunal de Contas garante que tomará em linha de conta, na sua nova auditoria, todos os factos que sejam relevantes".
Faltam 80 pilotos
Ontem em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, Tiago Faria Lopes, reiterou a necessidade de contratação de, pelo menos, 80 pilotos na TAP, sublinhando que, desde janeiro, saíram 20 pilotos da transportadora aérea. A empresa tem cerca de 1200 pilotos.
O sindicalista teme que, no verão, se assista a atrasos nos voos e a caos no Aeroporto de Lisboa, porque continua a não existir capacidade de resposta num aeroporto que está "obsoleto".