Volume de negócios disparou 25% desde 2013, para quase mil milhões de euros em 2023. Divórcios e heranças são os principais motivos que levam as pessoas a desfazerem-se do metal amarelo.
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A compra e venda de ouro disparou nos últimos anos para valores que não se registavam há uma década em Portugal. O negócio transacionou quase mil milhões de euros em 2023, são mais de dois milhões por dia. E representa um crescimento do setor de 25,4% face a 2013. A tendência crescente deverá notar-se este ano, numa altura em que o preço do ouro está a atingir níveis históricos. Contudo, os retalhistas avisam que a escalada pode também afastar potenciais clientes, sobretudo, do ouro novo.
Após a queda vertiginosa nos anos seguintes à troika (2011-2014) e durante os anos da pandemia (2020-2021), as lojas de compra e venda de ouro estão a ganhar novamente fulgor. Em 2023, o volume de negócios dos retalhistas desta atividade foi de 909,5 milhões de euros, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) disponibilizados ao JN. São mais 32,3 milhões de euros do que em 2022, e mais 132 milhões do que em 2019. É necessário recuar até 2012 para encontrar um número de transações superior, na altura foram 969,3 milhões de euros. Os números mais baixos observaram-se durante os anos da covid-19: 554 milhões de euros em 2020, e 634 milhões em 2021.