A segunda candidata do Livre/Tempo de Avançar pelo círculo de Lisboa às eleições legislativas, Ana Drago, afirmou que as contas da coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) para a Segurança Social "não batem certo" e exigiu explicações.
Corpo do artigo
"Temos tido uma campanha eleitoral marcada por uma espécie de leilão de cortes na Segurança Social, quem é que corta mais. E a coligação, na verdade, apresenta no seu programa eleitoral uma única proposta política que é esta ideia de privatizar as contribuições dos trabalhadores que têm salários mais elevados a partir de determinado montante", afirmou aos jornalistas Ana Drago em Aveiro.
"Hoje, Pedro Passos Coelho estabelece o valor a partir do qual se fazem esses descontos: para os privados, dizia ele, três vezes a pensão média de 900 euros, portanto no mínimo 2700 euros, mas apenas aplicável, segundo o programa da coligação, aos novos contratos. Bom, as contas não batem certo", declarou Ana Drago.
De acordo com a candidata do Livre, "se se aplicar apenas aos novos contratos não se consegue atingir os 538 milhões de euros estimados pelo ministro da Segurança Social", o que significa "das duas uma: ou Pedro Passos Coelho está a mentir aos portugueses e só é possível atingir estes 538 milhões aplicando o plafonamento a todos os trabalhadores e, portanto, aquilo que diz o programa eleitoral é mentira ou então Pedro Passos Coelho acredita no Pai Natal e acredita que é possível criar, em 2016, para atingir este valor 400 mil novos postos de trabalho com salários na ordem dos três mil euros". Antes, Rui Tavares, tinha já afirmado a total oposição a "esta lógica de privatização".