Empresas privadas têm milhares de recipientes no país.
Corpo do artigo
As roupas passíveis de serem reutilizadas podem ser encaminhadas para sistemas de triagem, detidos por empresas privadas, através da colocação dos têxteis em contentores específicos na via pública. Além da doação dos produtos para instituições de solidariedade, que deles necessitam, uma parte é vendida para o exterior, de forma a aumentar a valorização e a reutilização dos têxteis.
"O entendimento que existe a nível nacional é o de que a roupa usada colocada nos contentores da via pública e em lojas de atendimento ao público tem como objetivo a sua doação para "um novo utilizador", pelo que estas roupas não assumem a natureza de resíduo", explica o Ministério do Ambiente ao JN.
Prolongar a vida
A Ultriplo, que tem três mil contentores, refere que, após responder "a todos os pedidos recebidos" dos parceiros sociais, o excedente é comercializado para países como os Camarões, a Gâmbia, a Síria e a Índia. "Não obstante o viés comercial desta operação, estas roupas visam responder às necessidades de populações com um poder de compra extremamente reduzido", explica a empresa ao JN.
Algo semelhante faz a H Sarah Trading que, com mais de 2500 equipamentos, exporta para países como o Líbano e o Iraque, "permitindo prolongar o ciclo de vida de muitos artigos que em território nacional não seriam reutilizados", referem.
Confrontados com as críticas que apontam que estão a criar um problema ambiental noutros países, as empresas afirmam que são uma solução para impedir que milhares de roupas utilizáveis vão parar ao lixo e aos aterros.