Costa diz que concentração motard de Faro e festival Super Bock têm de ajustar localizações

"É obviamente um enorme transtorno, ter de reprogramar, depois de dois anos tão difíceis para a Cultura, percebo que é mais uma dificuldade acrescida, mas em primeiro têm de estar a segurança das pessoas", disse o primeiro-ministro António Costa.

"O que está em cima da mesa é um contacto com os promotores, tendo em vista que possam readaptar os eventos às circunstâncias", disse António Costa. "Num dos eventos, que está praticamente fora de zona florestal, alterando um pouco é possível resolver o problema", acrescentou o primeiro-ministro, referindo-se implicitamente à concentração motard prevista para Faro, de 14 a 17 de julho.

"Noutro é mais difícil e provavelmente tem de haver uma deslocação para outro sítio". acrescentou António Costa, referindo-se ao festival Super-Bock Super-Rock, cuja organização anunciou, entretanto, que irá de mudar de localização.

"Estamos a trabalhar para ver como se minora o impacto destas restrições", acrescentou o primeiro-ministro, referindo que o estado de contingência afeta muitas outras áreas de atividade em Portugal. "Por exemplo, como está proibido o uso de máquinas agrícolas, não é possível fazer colheitas esta semana, e isso é outro problema", disse.

"Das duas uma: ou pomos a segurança da pessoas e dos bens e o combate ao risco de incêndio como prioridade máxima, ou relaxamos nesta exigência e o risco aumenta", alertou Costa.

"Está em vigor um despacho que proíbe todo o tipo de atividade nestas zonas. O que se estamos a fazer, é procurar encontrar soluções alternativas que permitam que os eventos não sejam totalmente cancelados e sejam ajustados, transferidos ou recalendarizados, porque a situação de emergência está em vigor até à próxima sexta-feira", disse António Costa. "Em função da evolução meteorológica, pode haver alterações", de acordo com as previsões do IPMA, acrescentou o primeiro-ministro.

"A segurança está acima de tudo. Esta questão não é política, é técnica e de responsabilidade, decorre da lei num momento em que está em vigor a situação de contingência", declarou António Costa, tendo ao seu lado os ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, da Defesa, Helena Carreiras, e da Agricultura, Maria do Céu Antunes.