Costa "sem razões" para ir à comissão de inquérito, diz ministra da Presidência
A ministra da Presidência defende que "não há razão" para António Costa ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da TAP, porque não teve uma "participação direta" no que está a ser discutido, onde se inclui a indemnização milionária da companhia aérea à ex-secretária de Estado Alexandra Reis.
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Mariana Vieira da Silva acrescentou que o caso João Galamba não é a maior preocupação do Governo, mas que causa "impacto". O debate sobre política geral no Parlamento com o primeiro-ministro acontece na quarta-feira.
"É evidente que aquilo que aconteceu e tem um impacto e o primeiro-ministro não utiliza adjetivos como "deplorável" sem ter absoluta consciência do impacto dos acontecimentos no Ministério das Infraestruturas naquela noite de 26 de abril", disse a ministra da Presidência, em entrevista à CNN Portugal, sexta-feira à noite.
Mariana Vieira da Silva referiu ser preciso garantir que a "comissão parlamentar de inquérito apura o que tem que apurar", não sendo necessário "tirar conclusões" a cada dia ou "ronda de inquirições", apontou.
Debate no Parlamento
A governante adiantou que cabe aos deputados decidir se António Costa deve ser ouvido na CPI, uma questão que tem vindo a ser reforçada pela Oposição, sobretudo depois da audição de João Galamba na CPI, na quinta-feira. Vieira da Silva defendeu que não é necessário Costa ser inquirido, porque não teve "participação direta" nos temas analisados pela comissão.
O debate sobre política geral, no Parlamento, com o primeiro-ministro foi antecipado por "motivos de agenda" e será realizado na quarta-feira.