CP é a entidade com maior número de reclamações

O início desta semana foi marcado por grandes perturbações na circulação de passageiros devido à greve da CP que aconteceu esta segunda-feira e que se vai repetir esta quarta-feira, dia 24 de julho, convocada por vários sindicatos. 

Os constrangimentos causados pela última paralisação tiveram um nível de supressão de mais de 80%. O Portal da Queixa fez um balanço ao nível de satisfação dos consumidores face aos serviços da CP e concluiu que a CP é a entidade com maior número de reclamações. 

No primeiro semestre do ano, os consumidores registaram cerca de duas centenas de reclamações dirigidas à CP. Segundo indica a análise efetuada, entre os principais motivos de reclamação estão: o incumprimento dos horários programados devido a atrasos ou supressões de comboios a absorver, que tem 24% do total das queixas; as más condições tanto de comboios como de estações, com 18% das ocorrências; e os problemas com o reembolso,  que contam já com 13,8% das reclamações.

Outros motivos que originaram reclamações foram a dificuldade na compra de bilhetes, a aplicação de multa indevida e os problemas de acessibilidade. “A CP desagrada com as constantes greves. Eu pago 40 euros mensais no passe metropolitano para usufruir de um serviço de qualidade”, descreve um passageiro numa das queixas registadas contra a CP.

Segundo o Portal da Queixa, que traduz o nível de insatisfação dos consumidores perante o serviço, a CP apresenta um indice de satisfação de 17,4 numa escala de zero a 100. Também é visível que a empresa não responde nem resolve todos os problemas que são reportados, visto que a taxa de resposta é de 13,5% e a taxa de solução de 14,9%.