Criadores de cães de raça: "Não trabalhamos nem mais nem menos nesta época do ano"
Criadores dizem não trabalhar em função da época de Natal e garantem cuidados na entrega de cães ao longo de todo o ano.
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Joaquim Oliveira não tem dúvidas: "A compra de um cão jamais poderá ser encarada como uma prenda". É criador há vários anos da raça labrador retriever e diz não trabalhar a pensar especificamente no Natal. Prova disso é não ter nenhum cão para entregar neste momento. "Não trabalhamos nem mais nem menos nesta época do ano", garante o dono da Quinta D'Var - Labrador Retriever.
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No Pastor do Norte, dedicado à criação do cão pastor-alemão, Pedro Antunes também não teve um aumento nas encomendas com a aproximação do período festivo. Aliás, neste momento, tem ainda 30 cachorros para vender.
"Para mim, o Natal não influencia em nada. Houve anos em que aumentava um bocadinho a procura, mas este ano não notei. Acho que até baixou a procura", contou Pedro Antunes, dono da quinta Pastor do Norte, no Porto.
Em Ovar, no distrito de Aveiro, Joaquim Oliveira diz não estar "preocupado" em ter cães para entregar no Natal. "Trabalhamos com aquilo que a natureza nos reserva, de acordo com as ninhadas que temos idealizadas fazer durante o ano. Não há nenhum foco específico no Natal", explicou ao JN Joaquim Oliveira, que, juntamente com o filho André Oliveira, é dono da Quinta D'Var - Labrador Retriever, em Ovar.
Cuidados antes da venda
No que toca às regras para entregar os cães, ambos os criadores asseguram ter cuidados ao longo de todo o ano. Até porque: "cada animal que vendo é um amigo que passo", salientou ao JN Pedro Antunes.
"Faço uma breve entrevista para ver se o pastor-alemão é o cão adequado e se terão tempo para o animal. Procuro saber se já tiveram um pastor-alemão e informar sobre tudo o que ele precisa", detalhou Pedro Antunes, garantindo que, após a venda dos animais, mantém o contacto com as famílias.
Na Quinta D'Var - Labrador Retriever, as regras também são apertadas. "Não há nenhum cão que nós vendamos sem que eu conheça ou fale com a pessoa. A pessoa tem de vir a minha casa e eu tenho de ver a pessoa", assinalou o criador Joaquim Oliveira.