Parlamento Europeu vota esta quarta-feira o regulamento. Em 2030, informação será partilhada para investigação científica.
Corpo do artigo
Daqui a quatro anos, os registos de saúde dos portugueses e de todos os cidadãos europeus ficarão acessíveis, de forma imediata e traduzida, aos profissionais de saúde de qualquer país da União Europeia (UE), independentemente do seu local de trabalho (público, privado ou social). Em 2030, a informação de saúde de 450 milhões de cidadãos da UE fará parte de uma gigante base de dados para a investigação científica. O regulamento do Espaço Europeu de dados de saúde será hoje votado no Parlamento Europeu.
Seguindo o princípio de que os dados de saúde são propriedade de cada cidadão, os registos de saúde eletrónicos vão ser controlados pelo próprio e partilhados, total ou parcialmente, com os profissionais de saúde de qualquer país da União Europeia. Por exemplo, um português que trabalhe ou estude na Alemanha vai poder mostrar o seu histórico clínico ao médico que o atende na urgência ou na consulta de especialidade. Através de uma plataforma online ou de uma aplicação no telemóvel poderá mostrar as receitas de medicamentos, as análises clínicas, os exames imagiológicos e respetivos relatórios, entre outros, evitando duplicação de meios de diagnóstico e poupando milhões de euros aos sistemas de saúde. Se assim entender, o paciente também poderá ocultar alguma informação sensível sem que essa omissão seja percetível ao profissional.