O ministro das Infraestruturas afirmou, esta sexta-feira, que o Governo de gestão não poderá tomar uma decisão sobre a localização do novo aeroporto. No entanto, deixará tudo preparado para que possa ser tomada pelo novo Governo. Sobre a privatização da TAP, garantiu João Galamba, "gerará receita".
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"Era intenção deste Governo tomar a decisão no início de 2024, essa é uma decisão que o Governo de gestão não poderá tomar. Terá que ser tomada pelo próximo Governo. Mas vamos deixar tudo preparado para que seja tomada”, assegurou João Galamba aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças, sublinhando que a Comissão Técnica Independente (CTI) não tomará a decisão sobre a futura localização aeroportuária. Apenas irá apresentar vantagens e desvantagens das localizações.
“O objetivo do relatório da CTI é habilitar um Governo a tomar a decisão e esse trabalhão será feito, o próximo governo poderá tomar essa decisão, não tendo de ignorar o trabalho feito”, referiu o ministro das Infraestruturas.
O governante notou, ainda, que a TAP é uma empresa que está a dar lucro, está "em franca recuperação" e tem "margens financeiras que batem todas as companhias aéreas europeias". A existir a privatização da companhia aérea, frisou o ministro, ela irá gerar receita e não despesa.
“A abertura de capitais da TAP era uma receita e não uma despesa e, portanto, não é necessariamente uma medida de Orçamento do Estado. A existir privatização ela gerará receita, ela estava prevista, a privatização já se iniciou, era previsto concluir em 2024”, disse João Galamba.
Recorde-se que o Governo pretende alienar, pelo menos, 51% do capital da TAP. Até 5% do capital ficará reservado aos trabalhadores.