O conselho de ministros aprovou, esta quinta-feira, a declaração de calamidade no parque Natural da Serra da Estrela, por um período de um ano.
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Será também feito uma levantamento dos prejuízos causados pelos incêndios no parque, mas também em todos os municípios com uma área ardida de mais de 4500 hectares este ano ou 10% da área do concelho.
"Este critério foi o critério usado noutros anos com um número elevado de incêndios, como por exemplo 2017", acrescentou Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência.
A partir de setembro, o Governo conta arrancar com um grupo de trabalho que vai delinear o plano de revitalização do parque natural, cujo processo deverá estar concluído dentro de cinco ou dez anos.
A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (Castelo Branco) e foi dado como dominado no dia 13, mas sofreu uma reativação no dia 15 e foi considerado novamente dominado no dia 17 à noite. As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) considerou o maior incêndio da serra da Estrela como o mais extenso até agora registado desde o de Pedrógão Grande, em 2017. Numa nota de imprensa enviada à Lusa, o ICNF indicou que a região da serra da Estrela foi afetada, desde julho, por um conjunto de cinco grandes incêndios rurais que atingiram um total de 28.112 hectares, dos quais 22.065 do PNSE, ou seja, 25% da sua área total.
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