O antigo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, confirmou que é candidato à liderança do partido nas eleições diretas agendadas para 28 de maio, com eventual segunda volta a 4 de junho. Montenegro deverá ter como adversário Ribau Esteves, que está em reflexão, tal como Pedro Rodrigues e Miguel Pinto Luz.
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"Após algum tempo de reflexão pessoal e política, tomei a decisão de me candidatar a presidente do PSD", anunciou Luís Montenegro, à Lusa. O advogado de 49 anos, de Espinho, assume ter tomado a decisão depois de "escutar muitos militantes, autarcas e cidadãos e após ter recebido incentivos e sugestões vindos de dentro e de fora do PSD".
Esta é a segunda vez que o antigo líder parlamentar se candidata à presidência do partido, depois de ter saído derrotado das eleições de janeiro de 2020, contra Rui Rio, a quem quer agora suceder. Montenegro foi um dos críticos de Rio que acabou por se juntar à campanha para as legislativas de janeiro passado, num sinal de unidade que não foi suficiente para evitar a maioria absoluta do PS e a consequente demissão do líder.
Quem também deve entrar na corrida é Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro, cuja decisão "está tomada", revelou. Dentro do PSD, em especial no círculo próximo de Rio, poucos duvidam que Ribau avança. Aliás, esta é a candidatura mais próxima da atual direção do partido, de tal forma que Ribau Esteves já informou Rui Rio sobre a decisão que tomou e que anunciará em conferência de imprensa até ao início da próxima semana.
Mais dois em reflexão
Resta saber se as diretas do PSD vão ser um duelo ou se mais candidatos entram na contenda. Miguel Pinto Luz continua a refletir e não deve falar sobre o assunto nos próximos dias. Mesmo que não avance, é pouco provável que declare apoio a Ribau ou Montenegro.
Já Pedro Rodrigues confirmou ao JN que está "em reflexão" e vai anunciar "em breve" a decisão. O antigo líder da JSD já tinha anunciado, na semana passada, que revelaria "em breve". Agora está mais perto: "É para mais breve do que na semana passada, mas não vai ser hoje ou amanhã".
Entre os nomes falados para a liderança, nenhum é deputado na Assembleia da República. Carlos Moedas, Miguel Poiares Maduro e Paulo Rangel já confirmaram que não avançam.