Indústria e serviços são os setores mais afetados pela perda de trabalho a crescer em Lisboa, Sintra, Almada, Feira e Bragança. Pode ser preciso lay-off extraordinário para conter a sangria.
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A maioria das cerca de 18 mil pessoas que perderam o sustento no último ano trabalhava nos serviços e na indústria, junto às grandes metrópoles. A economia está a abrandar e, em 2025, não deverá melhorar. Os empresários dizem ser necessária mais especialização e diversificar mercados.
No final de 2024, estavam registados 335 665 desempregados, mais 5,7% do que em dezembro de 2023, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional. O desemprego atingiu com mais severidade Lisboa e Vale do Tejo, mas perpassou todas as regiões de Portugal continental, com especial incidência nos municípios em torno dos principais centros urbanos. Junto à capital, foram Sintra e Almada os mais afetados. No Norte, o crescimento do desemprego foi notório ao redor do Porto, com destaque para a Feira, Valongo, Matosinhos e Oliveira de Azeméis, mas também teve grande expressão em Bragança, Barcelos e Lousada. Quem trabalhava na indústria e nos serviços, nomeadamente em atividades imobiliárias e administrativas (30,5%) e no setor secundário (20,5%), sentiu o maior impacto.