As instituições sociais que avançaram com projetos pagos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a rede de cuidados continuados estão a desistir devido aos atrasos, quando mais de metade ainda nem está em obra, a um ano do prazo limite. Há centenas de camas que já não vão ser construídas e o risco de perda de 100 milhões de euros, segundo a associação nacional, que acusa o Governo de ter incentivado as instituições para agora as mandar desistir.
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José Bourdain lidera a Cercitop, de Sintra, que é uma das instituições que desistiu do PRR para os cuidados continuados. Só aqui deixam de se construir 173 camas, 30 para a Unidade de Dia e Promoção da Autonomia e 143 para a Unidade de Cuidados de Longa Duração e Manutenção.
O dirigente, que também preside à Associação Nacional de Cuidados Continuados (ANCC) e é apenas um dos vários casos de desistências, revela: "Na sequência do que o Governo nos informou, nós demos indicação para as instituições que não consigam ter a obra pronta até 30 de junho de 2026 para desistirem do projeto". Estão à espera do documento de revogação dos contratos.