Ana Oliveira é uma das 100 despedidas que faziam meias para a Primark e Puma.
Corpo do artigo
O impiedoso email que entrou na caixa de correio de Ana Oliveira a 10 de julho deste ano tirou-lhe o chão como quem a empurra de um precipício. Com 37 anos e dois filhos em casa, um deles de dois anos e meio, o anúncio do despedimento da fábrica de meias para a qual trabalhava há 16 anos, em Santo Tirso, indefiniu-lhe um futuro que parecia sustentado em rocha maciça. “Havia pouco trabalho, mas não esperávamos que fechasse assim de um dia para o outro porque a informação que nós tínhamos da firma era que as coisas iam melhorar”.
A notícia que lhe mudou a vida “deixou toda a gente revoltada”, recorda. Como Ana foram mais cerca de 100 trabalhadores, sem que ninguém adivinhasse que a fábrica que trabalhava para a Puma e Primark fechasse de um dia para o outro sem aviso prévio e atolada em 12 milhões de euros de dívidas. Acabou leiloada em lotes.