Nos primeiros seis meses de vida aumentam os gastos no retalho, saúde, eletricidade e gás. Despesas com educação sobem 26,3% a partir do nono mês de vida.
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Cruzando várias fontes de dados administrativos, concretamente do portal e-Fatura, o Instituto Nacional de Estatística (INE), que nesta terça-feira assinala o seu 88.º aniversário, foi perceber qual o impacto do nascimento do primeiro filho nos gastos dos agregados. Estimando um "aumento da despesa mensal agregada em 20% nos primeiros seis meses após o nascimento". Acréscimo que acaba por ser atenuado pela diminuição dos gastos com transportes (-34%) e alojamento e restauração (-31%).
Face ao período anterior à gravidez, nos primeiros seis meses de vida do bebé o INE estimou, então, um aumento médio de 52% nas despesas no setor do retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás e 9% na água. Destacando o gabinete de estatísticas que no mês do nascimento os gastos em saúde disparam, representando "cerca de duas vezes mais do que o observado no período anterior ao início da gravidez". Efeito que diminui após o sexto mês, estabilizando num acréscimo permanente de 26,9% a partir do primeiro ano de vida.
No que diz respeito às despesas de educação, identifica o INE uma diminuição "entre o período de gravidez e o sexto mês de vida", momento a partir do qual sobem estabilizando "em torno de um aumento permanente de 26,3% a partir do nono mês de vida".
De referir, por último, que apesar destes aumentos, "o efeito conjunto na despesa agregada das famílias é atenuado por uma diminuição nas despesas com transportes, alojamento e restauração, e atividades recreativas e espetáculos".