Matemática é o principal domínio em avaliação, mas há outras áreas. Foram selecionadas 231 escolas em Portugal.
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Desde 2 de março deste ano, cerca de 10 600 alunos entre os 15 e os 16 anos foram escolhidos para fazer os testes do PISA (Programme for International Student Assessment, na sigla em inglês) em 231 escolas portuguesas. O prazo para realizar os testes termina esta sexta-feira. O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) pretende avaliar as literacias de leitura, de matemática e científica, em cerca de 80 países.
De acordo com dados do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), em cada escola participa um máximo de 53 alunos. "Nas escolas em que o número de alunos é inferior, todos os alunos elegíveis foram selecionados para participar", precisa fonte da instituição ao JN. Os testes PISA deviam ter sido realizados em 2021, mas foram adiados devido à pandemia da covid-19.
Este ano, a matemática foi o domínio escolhido como o principal para ser avaliado. Porém, há outras áreas em cima da mesa, como "a literacia científica, a literacia de leitura, a literacia financeira e o pensamento criativo". O relatório internacional do PISA será divulgado em dezembro de 2023.
Amostra quase duplica
Numa primeira fase, a OCDE recebe a lista de todos os agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas do país, com o número de alunos elegíveis. Depois, as escolas são divididas por estratos, como as unidades territoriais ou o nível de escolaridade das escolas (básica ou secundária). Os estabelecimentos são escolhidos com "base num método de amostragem aleatória multietapa". Numa segunda fase, "o IAVE produz a amostra de alunos de forma aleatória simples de acordo com o número máximo de alunos por escola", precisou fonte da instituição ao JN.
O número de jovens selecionados nas escolas portuguesas para participar no PISA quase duplicou. Em 2018, estiveram envolvidos 5932 estudantes. Este ano, mais de dez mil foram selecionados. Mas não significa que todos participem.
"A taxa mínima de participação de alunos exigida no quadro de amostragem do PISA é de 80%", lê-se no último relatório nacional. Em 2018, Portugal ficou-se pelos 76%. Os centros nacionais têm de reunir com os especialistas da OCDE para analisar o enviesamento.
Há 4 anos, "o erro de estimação decorrente do processo de amostragem" foi "de dimensão aceitável e equivalente à de outros países que cumpriram os requisitos de amostragem". "A comparabilidade dos resultados de Portugal com os de outros países" não foi colocada em causa, lê-se no documento sobre 2018.