A tempestade Kirk marcou o dia desta quarta-feira, com chuva e vento intensos no Norte e Centro de Portugal. Há registo de queda de várias estruturas e árvores, provocando o corte de estradas e o encerramento de escolas. Mais de 300 mil pessoas ficaram sem energia por causa do mau tempo.
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Cerca de 10 mil clientes, sobretudo nos distritos de Viana do Castelo e Braga, estavam às 19 horas sem eletricidade devido ao mau tempo que afeta o país, adiantou a E-Redes.
"Estão repostos 98% do pico de clientes afetados, maioritariamente concentrados nos distritos de Viana e Braga", destacou a empresa, no mais recente balanço enviado à agência Lusa.
A E-Redes destacou ainda que "estão mobilizados no terreno 800 operacionais".
Cerca de 48 mil pessoas, sobretudo nos distritos de Viana do Castelo e Braga, estavam às 16.30 horas sem eletricidade devido ao mau tempo que afeta o país, adiantou esta quarta-feira a E-Redes.
Em comunicado, a empresa do grupo EDP referiu que às 16.30 já haviam sido resolvidas 90% das ocorrências registadas depois de, às 11.45, o número de clientes sem energia se cifrar nos 175 mil.
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A circulação ferroviária na Linha de Guimarães, hoje suspensa entre Guimarães e Santo Tirso, foi retomada após a conclusão dos trabalhos de reparação da catenária, revelou em comunicado a Infraestruturas de Portugal (IP).
Na nota de imprensa, a IP assinalou que devido às condições climatéricas adversas registadas, nomeadamente devido aos ventos fortes e à chuva intensa que caiu na região norte e centro, registam-se várias ocorrências que têm provocado constrangimentos pontuais à circulação ferroviária.
Na última atualização, a IP deu nota da reabertura da circulação na Linha de Guimarães, deixando em aberto mais informações sempre que se justificar.
A circulação ferroviária na Linha de Guimarães, suspensa esta quarta-feira entre Guimarães e Santo Tirso, foi retomada após a conclusão dos trabalhos de reparação da catenária, revelou em comunicado a Infraestruturas de Portugal (IP).
A IP acrescenta que devido às condições climatéricas adversas registadas, nomeadamente devido aos ventos fortes e à chuva intensa que caiu na região norte e centro, registam-se várias ocorrências que têm provocado constrangimentos pontuais à circulação ferroviária.
O vento forte provocou prejuízos avultados no setor da castanha, no concelho de Valpaços, derrubando árvores e imensos ouriços a cerca de duas semanas do início da apanha, segundo uma associação e o município.
"Na parte da montanha, os soutos estavam carregados e a castanha estava já na fase de maturação e veio este vento e partiu castanheiros e deitou ouriços ao chão. É uma tragédia", afirmou António de Medeiros à agência Lusa.
O autarca estima que o mau tempo tenha provocado uma quebra de produção de castanha na ordem dos 40% a 50%.
"Esta foi uma nova praga que nos atingiu esta noite e que provocou a queda de imensos ouriços. Temos imensos ramos partidos, temos castanheiros arrancados e isto a 15, 20 dias da colheita é um prejuízo enormíssimo. É uma facada que levamos depois de um ano inteiro a tomar conta da cultura", afirmou Lino Sampaio, da associação Agrifuturo.
O responsável disse que este já era um ano de pouca produção, devido à pouca floração e, consequentemente, a menos quantidade de ouriços que num ano médio naquela zona.
"Precisamos de ajuda. Estamos no campo neste momento e vemos proprietários por todo o lado a deitar as mãos à cabeça porque, de facto, isto é algo que nos transcende. O vento foi enormíssimo e com o peso da humidade que os ouriços tinham, partiu tudo. É inacreditável ", salientou Lino Sampaio.
Esta quarta-feira de manhã, um pórtico da A41 caiu, na zona da Maia, e quase atingiu um carro. O incidente estará relacionado com a chuva e vento forte que assolaram sobretudo o norte do país, causando centenas de ocorrências.
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A Autoestrada 24 (A24) reabriu pelas 15.30, nos dois sentidos, entre os nós de Vila Pouca de Aguiar e de Fortunho, em Vila Real, depois ter estado fechada por causa do vento forte, disse fonte da GNR.
O troço da A24 foi cortado à circulação automóvel pelas 9.45, quando se fazia sentir muito vento naquela zona do distrito de Vila Real.
A circulação de trânsito foi reposta no sentido Vila Pouca de Aguiar-Vila Real pelas 14 horas, reabrindo em toda a extensão pelas 15.30.
Uma árvore de grande porte caiu, na manhã de hoje, na escola EB1 de Murraceses, em Grijó, Gaia. Apesar da aparatosa queda, nao há registo de qualquer ferido.
Os bombeiros Sapadores de Gaia foram chamados ao local.
No distrito de Portalegre a chuva intensa que caiu, resultado da tempestade Kirk, provocou quatro ocorrências, uma no IP2, junto à localidade de Alpalhão, no concelho de Nisa, outra na Estrada Nacional (EN) em Castelo de Vide.
Segundo o Comando Sub-Regional do Alto Alentejo, houve ainda mais duas quedas de árvores, em Elvas e em Marvão.
Desde as 20 horas desta terça-feira até às 13 horas desta quarta-feira, o Regimento de Sapadores Bombeiros do Porto respondeu a 164 ocorrências relacionadas com o mau tempo. Trata-se, sobretudo, da remoção de árvores e estruturas caídas e também corte de algumas árvores em risco de queda. Não há registo de vítimas. Pelas 14 horas desta quarta-feira, o Regimento tinha 44 ocorrências em espera, perfazendo um total de 208 ocorrências desde o início da noite desta terça-feira.
A chuva intensa que tem estado a cair no distrito de Évora, resultado da tempestade Kirk, provocou 12 ocorrências, segundo o comando sub-regional do Alentejo Central. Não há estragos materiais, nem feridos a salientar.
Das várias situações registadas, destaca-se a inundação numa casa na Travessa da Bola, junto ao do centro histórico, que não provocou desalojados, bem como a queda de duas árvores, uma na Estrada Nacional (EN) 114-4, que liga Évora a Arraiolos, e outra na Rua Dr. Celestino David, sem provocar estragos.
Já no concelho de Montemor-o-Novo, caíram três árvores, duas das quais na vila e uma na localidade de Foros da Tojeira, pertencente à freguesia de São Cristóvão. Também nestes locais não houve estragos. Em Vila Viçosa, Estremoz e Redondo, também caíram árvores.
De acordo com o Comando Sub-Regional do Alentejo Central, a maior parte das ocorrências foram resolvidas pelos serviços municipais de Proteção Civil dos diversos conselhos ou pelos bombeiros.
Os estragos causados pelo mau tempo obrigaram hoje a Escola Básica e Secundária de Rebordosa, em Paredes, no distrito do Porto, a suspender as atividades letivas, que serão retomadas na quinta-feira, informou o município. "Estão a ser feitos esforços para que as aulas sejam retomadas normalmente, tão cedo quanto possível", avançou à Lusa fonte da autarquia, indicando ainda que a medida foi tomada a título preventivo, "por razões de segurança", depois de se ter observado danos no telhado de quatro salas de aula do pavilhão B.
A suspensão das aulas afetou cerca de 632 alunos do 5.º ao 12.º anos de escolaridade. Algumas aulas serão provisoriamente lecionadas, a partir de quinta-feira, na Escola de S. Marcos, também de acordo com informação da autarquia.
Também no concelho de Paredes, durante a noite a tempestade provocou estragos no telhado do imóvel onde funciona o Centro Civitas de Gandra.
Os cortes de fornecimento de energia elétrica às instalações da Vimágua estão a comprometer o abastecimento em várias freguesias. Em nota enviada às redações, a Vimágua, empresa responsável pela captação e distribuição de água nos concelhos de Guimarães e Vizela, avisa que há constrangimentos e falhas no abastecimento de água em diversas freguesias, em resultado das condições climatéricas nas últimas horas que provocaram falhas de fornecimento de energia elétrica.
Diversos pontos dos concelhos de Guimarães e Vizela estão sem abastecimento de água da rede pública e a situação ainda pode estender-se a outros locais. A Vimágua apela à compreensão dos utilizadores, adiantando que está a trabalhar com a E-Redes, a entidade responsável pela rede elétrica nacional, para restabelecer o fornecimento de energia elétrica às instalações e equipamentos do sistema público de abastecimento de água.
O rio Vez galgou as margens esta quarta-feira de manhã, provocando a inundação do largo da Valeta, no centro da vila de Arcos de Valdevez. Um dos bares existentes no local foi invadido pelas águas. Segundo o comandante do corpo de Bombeiros Voluntários local, Filipe Guimarães, o rio terá subido e galgado as margens "a partir de cerca das 9 horas e começou a baixar depois das 11".
As principais vias do concelho estiveram praticamente todas condicionadas ou cortadas, devido à queda de árvores, postes de eletricidade ou outras estruturas, mas, pelas 13 horas, estavam "desimpedidas". De acordo com o comandante Filipe Guimarães, os operacionais no terreno estão agora a trabalhar na desobstrução de "estradas e caminhos nas aldeias".
Algumas casas sofreram danos provocados pelo vento e pela queda de árvores e estruturas. Na zona de Portela, "uma habitação ficou sem quase metade do telhado devido ao vento forte". "Tivemos um início de dia caótico, apartir das 6 horas até às 9.30 horas. Foram para o terreno mais de trinta homens dos nossos e contamos também com a ajuda de camaradas do Beato, mas não foram suficientes para acorrer a tantas ocorrências", disse Filipe Guimarães.
De acordo com o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho, Marco Domingues, foram registadas naquela região 164 ocorrências, desde o início do estado de alerta especial amarelo, às 18 horas de ontem, até às 11 horas de hoje. As operações de socorro contaram com o "empenhamento acumulado de 525 operacionais".
A maioria das ocorrências surgiu a partir das 4 horas de hoje, sendo que, das 164 ocorrências, "153 foram quedas de arvores, um movimento de massa, uma inundação, sete quedas de estruturas e duas limpezas de vias". Várias estradas nacionais e municipais estiveram cortadas ou condicionadas, adiantou o responsável.
Ainda segundo o balanço feito pelo comandante Marco Domingues, foram registados "vários danos na cablagem de energia elétrica e telecomunicações", havendo também a registar a queda de uma árvore sobre o edifício de um infantário em Paredes de Coura, que ficou com danos no telhado, embora sem riscos estruturais, nem para os utentes. O estabelecimento manteve-se em funcionamento.
Em Outeiro, Viana do Castelo, a queda de uma árvore provocou danos no telhado de uma habitação. E, em Vila Praia de Âncora, estrutura danificou vários veículos. "Apesar de a pior fase ter passado, as ocorrências continuam a surgir", indicou Marco Domingues.
A região do Cávado registou 111 ocorrências devido ao mau tempo desde o final da tarde de quarta-feira, sendo o concelho de Braga o mais fustigado, disse fonte da Proteção Civil.
Segundo o comandante da Sub-Região do Cávado da Proteção Civil, Manuel Moreira, o "grosso" das ocorrências está relacionado com quedas de árvores.
Registaram-se ainda "cortes pontuais" em algumas estradas, mas só durante o tempo necessário para a remoção das árvores.
"O concelho de Braga teve mais de dois terços das ocorrências", referiu.
Foram registadas dezenas de ocorrências no concelho de Santa Maria da Feira. A avenida Alfredo Henriques, na freguesia de Mozelos, esteve com o trânsito condicionado devido à queda de várias árvores.
Em Arouca, caiu uma árvore de grande porte no Parque Milénio, atingindo e danificado uma estrutura junto ao polidesportivo. Em Espinho, desde o início da madrugada e até à manhã de hoje, os bombeiros do Concelho de Espinho tinham registado 24 ocorrências relacionadas com as consequências dos ventros fortes. E, em Ovar, uma árvore de grande porte tombou, pelas 7 horas, no Jardim do Cáster. A força do vento arrancou a árvore pela raiz. Registou-se, ainda, a queda de uma árvore e de um poste na EN227, condicionando o trânsito.
Em São João da Madeira, caíram várias árvores de grande porte, causando condicionamentos em algumas das principais vias de circulação automóvel da cidade, entre as quais a avenida Dr. Renato Araújo. Os transportes Unir sofreram atrasos devido a estas condições adversas na circulação rodoviária
O mau tempo arrancou e destruiu milhares de macieiras nos concelhos de Armamar e, também, em Moimenta da Beira, apurou esta quarta-feira o JN junto de associações de produtores.
Cerca de 175 mil pessoas estavam às 11.45 horas sem eletricidade devido ao mau tempo que assola o país, sendo os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro os mais afetados, adiantou a E-Redes.
Em comunicado, a empresa do grupo EDP referiu que às 11.45 já haviam sido resolvidas 55% das ocorrências registadas depois de, às 9 horas, o número de clientes sem energia se cifrar nos 400 mil.
A principal causa das avarias tem sido quedas de árvores e projeção de ramos que têm danificado postes e condutores, explicou.
O acesso aos pontões da Costa da Caparica (praias urbanas), no concelho de Almada, vai estar proibido entre as 15 de hoje e as 00 horas de quinta-feira devido ao mau tempo que se faz sentir no território.
A circulação na Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo foi retomada às 11 horas, mas continua suspensa entre Viana do Castelo e Valença, disse hoje fonte da CP.
Segundo a fonte da CP - Comboios de Portugal, a reposição da normalidade no troço Nine-Viana ocorreu às 11.10 horas.
A fonte disse que em causa esteve a queda de árvores para a linha, tendo sido necessário desligar as catenárias para a remoção das mesmas em condições de segurança.
O rio Vez, em Arcos de Valdevez, galgou hoje as margens e inundou a zona histórica da Valeta, um parque de estacionamento e uma unidade hoteleira, disse o vereador com o pelouro da proteção civil.
A subida das águas do rio Vez, em Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, um dos principais afluentes do rio Lima, começou a registar-se durante a madrugada e galgou as margens a partir das 8 horas.
O vereador da Proteção Civil adiantou que o mau tempo causou a queda de mais de 40 árvores no concelho e há "aldeias sem eletricidade" devido à queda de postes de abastecimento de energia.
As escolas de Mondim de Basto, em Vila Real, fecharam hoje devido a falhas de eletricidade e, naquele concelho, o mau tempo causou ainda várias quedas de árvores, danificando o telhado de uma habitação, disse o presidente da Câmara. "A energia, entretanto, já recuperou, mas não tínhamos condições de funcionamento, desde logo de assegurar as refeições escolares às nossas crianças", afirmou Bruno Ferreira à agência Lusa.
O autarca especificou que as escolas foram o único equipamento que fechou, mas um pouco por todo o concelho houve o registo de queda de árvores, um telhado de uma habitação que sofreu danos e, no edifício do centro escolar, verificou-se a queda parcial de um teto falso. Bruno Ferreira salientou que as equipas da Proteção Civil Municipal, com o apoio da GNR, estão espalhadas pelo concelho a desobstruir estradas. "Tem sido essa a nossa maior preocupação", apontou.
Os centros de saúde de Ronfe e de Brito, concelho de Guimarães, estão hoje sem energia devido ao mau tempo que atinge sobretudo o Norte, que causou a queda de 104 árvores na região do Ave, indicou a Proteção Civil.
Segundo Rui Costa, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave, que abrange os concelhos de Guimarães, Vila Nova de Famalicão, Fafe, Vizela, Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto, Vieira do Minho e Mondim de Basto, nos oito concelhos houve ainda 16 quedas de estruturas e uma inundação, a grande maioria nos concelhos de Guimarães e de Famalicão.
"Todos os municípios tiveram ocorrências, mas com maior incidência nos de Guimarães e de Famalicão. Há registo de pequenos danos em habitações, telhados que foram levantados pelo vento, viaturas atingidas pelas quedas de árvores e muitos danos em microestruturas de fornecimento de energia elétrica e de comunicações", explicou o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave.
A Câmara Municipal de Barcelos fechou, temporariamente, o parque da cidade devido ao mau tempo, mantendo-se assim até que as condições melhorem. Numa área “densamente arborizada”, a Autarquia decidiu fechar aquele espaço por “precaução”.
“Depois de uma noite de tempestade, continue a ter o máximo cuidado na circulação automóvel, e tome atenção às zonas que estão mais sujeitas a inundações”, pode ler-se no comunicado divulgado pela Câmara na página oficial do Facebook.
Entretanto, a linha do Minho já foi reaberta à circulação de comboios movido a gasóleo. Recorde-se que, pouco depois das 7 horas, uma árvore tombou para a linha, na freguesia de Aborim, obrigando à interrupção da circulação ferroviária e provocando um pequeno foco de incêndio.
Uma grua de construção caiu, esta manhã, sobre um prédio residencial, na Rua Pinto Aguiar, em Santo Ovídio, Vila Nova de Gaia. Há uma família desalojada. O acidente ocorreu por volta das 5 horas, tendo sobressaltado todos os moradores. A grua deve ser retirada ainda hoje, segundo as informações dos bombeiros e da Polícia Municipal. Não há registo de feridos.
Um pórtico caiu, esta manhã, na A41, na Maia.
Um camião tombou no viaduto da Autoestrada 24, em Vila Pouca de Aguiar, e a queda de uma árvore causou constrangimentos na circulação rodoviária na Avenida Aureliano Barrigas, Vila Real, segundo fontes da GNR e Proteção Civil. A GNR disse à agência Lusa que o camião tombou no tabuleiro do viaduto numa altura em que se registava vento muito forte, na direção Suporte (Vila Áreas-Chaves), estando a causar constrangimentos na circulação rodoviária naquela autoestrada.
Na cidade de Vila Real, uma árvore caiu depois das 7.30 horas e ocupou as duas faixas de rodagem da avenida Aureliano Barradas, no sentido da rotunda do quartel para o centro da cidade, levando os automobilistas a passar por cima do passeio para prosseguir viagem.
O vice-presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, disse que os meios já estão no local a proceder ao corte da árvore para desobstruir a via. Caiu também uma árvore na Estrada Nacional 2 (EN2), perto de Vilarinho da Samardã, e uma outra atingiu um carro num dos bairros da cidade de Vila Real. "Não se registam danos materiais significativos, pelo menos que sejam do meu conhecimento nesta altura", referiu.
Mais de 300 mil clientes estavam, às 9.30 horas de hoje, sem energia devido ao mau tempo que está a afetar sobretudo o Norte de Portugal continental devido à passagem da tempestade Kirk, informou a E-Redes em resposta à agência Lusa. A empresa do grupo EDP indicou que, cerca das 5 horas de hoje, os efeitos da tempestade começaram a causar grandes constrangimentos na rede elétrica, afetando com maior severidade os distritos de Viana, Braga, Porto e Aveiro e um impacto mais moderado nos distritos de Viseu e Vila Real.
“Ainda estamos com muitos disparos na rede elétrica e nesta altura não conseguimos prever quando ocorrerá a reposição integral, algo que acompanharemos e informaremos melhor ao longo dia”, refere a empresa, adiantando estar mobilizados no terreno 800 operacionais. A empresa indica que, às 7.30, estavam sem energia cerca de 250 mil clientes, às 8.30, cerca de 400 mil clientes e às 9.30, 314 mil clientes.
A E-Redes diz ter acionado o Plano Operacional de Atuação em Crise às 21 horas de terça-feira, ativando o dispositivo operacional dedicado ao estado de alerta em vigor, em estreita articulação com a proteção civil e demais autoridades.
A queda de uma árvore cortou a circulação de comboios na Linha do Minho na zona de Aborim, concelho de Barcelos, disse hoje fonte dos bombeiros à agência Lusa. Segundo apurou o JN, também na Linha do Douro, a queda de uma árvore na zona de Penafiel obrigou ao corte da circulação dos comboios, provocando atrasos na circulação ferroviária.
O forte vento que se faz sentir provocou a queda de uma árvore em frente à Escola EB 2,3 de Silvares São Martinho, em Fafe, que, além de danificar parte do gradeamento, derrubou cabos de eletricidade que alimentam o estabelecimento de ensino.
“A escola está, de facto, sem eletricidade mas as aulas estão a decorrer. A Câmara Municipal está a tentar perceber se será possível ainda confecionar as refeições na cantina ou, caso se mantenha a situação, levar de outras cantinas do concelho as cerca de 200 refeições”, disse, ao JN, Jorge Machado, diretor do Agrupamento de Escolas Prof. Carlos Teixeira.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 18 horas de terça-feira e as 9 horas de hoje 1329 ocorrências relacionadas com o vento forte, a grande maioria quedas de árvores. "A região Norte foi a mais afetada pelo mau tempo com 988 ocorrências, sendo que o maior número 415 foi registado na Área Metropolitana no Porto com muitas quedas de árvores devido à ação do vento", adiantou à agência Lusa José Miranda, oficial de operações da ANEPC.
Três árvores caíram na Escola Alexandre Herculano, no Porto, que está encerrada esta manhã e deverá abrir só da parte da tarde.
Uma árvore caiu na Rua de Sá da Bandeira, no Porto, esta quarta-feira de manhã. É uma das múltiplas ocorrências registadas hoje, devido à tempestade Kirk.
O vento e a chuva intensa que se fizeram sentir desde a noite de terça-feira derrubaram entre 50 a 60% da maçã que faltava colher no concelho de Carrazeda de Ansiães, cuja campanha está em marcha há algumas semanas. “A colheita da maçã ainda não tinha terminado. Já colhemos entre 60 a 70%, mas e várias variedades, como a Golden, que é a mais representativa do concelho, ainda não terminou. Falta colher entre 30 a 40% da produção, mas agora muito frito caiu ao chão”, explicou Duarte Borges, da Associação de Produtores de Maçã de Carrazeda de Ansiães.
A maçã que tombou perde valor comercial, uma vez que deixa de poder ser vendida no mercado de frescos e é encaminhada para a indústria. “Só que o preço é mais baixo”, explicou Duarte Borges. Para já, não há uma estimativa dos prejuízos no setor, mas a associação está esta manhã a dar volta pelos pomares do concelho “para fazer o ponto da situação”, acrescentou o dirigente associativo.
Chuva intensa e o vento forte, durante toda a noite e madrugada desta quarta-feira, provocaram várias quedas de árvores no concelho de Guimarães. Em Azurém, pai e filho escaparam ilesos da queda de uma árvore sobre o carro em que seguiam, na rua Pimenta Machado. Os bombeiros voluntários de Guimarães, Vizela e Caldas das Taipas e as autoridades, PSP, GNR e Polícia Municipal, nas últimas horas, têm estado ocupados a cortar as vias e a remover as árvores e os troncos caídos, para repor a circulação.
A queda de várias árvores de grande porte causou danos em viaturas em volta do Centro de Saúde da Amorosa, e na zona da Quintã. Em Creixomil, uma árvore caiu sobre várias viaturas estacionadas na via pública. Na vila de Pevidém, caíram várias árvores, uma delas sobre a Academia Albano Coelho Lima, em pleno centro. Também há registo de queda de árvores nas vilas de Caldas das Taipas e São Torcato. Em Azurém, pai e filho que se dirigiam para a escola, escaparam sem se magoarem da queda de uma árvore sobre a viatura em que seguiam.
O trânsito na circular urbana de Guimarães chegou a estar interrompido, nas primeiras horas da manhã, para remoção de troncos que se encontravam na faixa de rodagem. A circulação de comboios na linha de Guimarães também está interrompida, devido à queda de cabos elétricos.
A queda de uma árvore em São Miguel do Mato, Vouzela, provocou hoje um ferido ligeiro e obrigou ao corte da Estrada Nacional 16, disse à agência Lusa fonte do comando sub-regional de Viseu Dão Lafões. A mesma fonte referiu que, cerca das 8 horas, a árvore atingiu uma viatura que circulada na EN16, provocando ferimentos leves numa pessoa, que foi transportada para o hospital de Viseu. "A estrada ficou cortada em ambos os sentidos. Às 8.44 foi feita a abertura de uma das faixas, com o trânsito alternado", acrescentou.
A circulação rodoviária da Avenida AEP, no sentido Matosinhos-Porto, junto ao Norteshopping, que esteve hoje cortada devido à queda de uma árvore, já foi restabelecida, disse à Lusa fonte da PSP. De acordo com a fonte, os trabalhos de corte e remoção da árvore que caiu naquele local devido ao temporal já se encontram em fase de conclusão e o trânsito já circula. Esta foi uma de várias vias que estiveram encerradas durante a madrugada e manhã devido ao temporal que se tem feito sentir na região.
A queda de árvores obrigou ao corte da linha do Minho, destruiu um automóvel e condicionou o trânsito em várias ruas da cidade de Barcelos.
Pouco depois das 7 horas, uma árvore tombou para a linha do comboio, na freguesia de Aborim, e obrigou à interrupção da circulação ferroviária, provocando um pequeno foco de incêndio.
No centro da cidade, uma árvore de grande porte plantada no interior de um infantário tombou, destruindo o muro de vedação e caíndo em cima de uma carrinha estacionada na rua Arq. Borges Vinagre. Já na avenida dos Combatentes da Grande Guerra e no largo Camilo Castelo Branco, caíram árvores, obrigando ao corte parcial das vias e à intervenção dos serviços camarários para a remoção dos destroços.
Já na estrada nacional 103-1, que faz a ligação a Esposende, o trânsito estava condicionado numa das vias, na freguesia de Vila Frescainha S. Pedro, devido, também, à queda de uma árvore.
O vento forte provocou quedas de árvores e estruturas um pouco por toda a região do Alto Minho. Segundo o Comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil, Marco Domingues, há “muitas vias condicionadas e cortadas”. “Temos toda a gente na rua a trabalhar, e as situações vão aparecendo à medida que as pessoas vão circulando nas vias. Estamos no pico das ocorrências. A maioria das ocorrências está relacionada com a intensidade do vento. Não há registo inundações. E até agora não nenhuma vítima registada”, disse ao JN, por volta das 9.30 horas.
A circulação rodoviária da Avenida AEP, que liga os concelhos de Matosinhos e Porto, foi cortada esta manhã, junto aos acessos ao Norte Shopping, devido à queda de uma árvore, provocada pelo temporal. Pelas 9 horas, o trânsito estava condicionado, fazendo-se apenas por uma via.
As escolas do concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, estão hoje fechadas por causa do mau tempo, que provocou falhas de eletricidade. O Município explicou que, por causa da falha de energia, verificou-se uma impossibilidade de funcionamento da cantina e de outros equipamentos escolares. O Agrupamento de Escola Doutor Bento da Cruz, em Montalegre, no mesmo distrito, fechou também as escolas por precaução devido às condições meteorológicas adversas. A Proteção Civil local emitiu um comunicado em que informa que "não estão reunidas as condições de segurança para assegurar a realização do transporte escolar".
Um semáforo caiu, bem como várias árvores, esta manhã, na cidade do Porto.
Em Valença, o mau tempo provocou perto de uma dezena de ocorrências desde as 5 horas. Segundo fonte dos Bombeiros de Valença, foram acionadas várias equipas para situações de queda de árvores e queda de estruturas para as freguesias de Silva, São Pedro da Torre, Cerdal, Gondomil e Valença. Não há feridos a registar.
O concelho de Arcos de Valdevez tem a maioria das suas estradas cortadas, devido à queda de árvores. A EN 101, que liga Arcos de Valdevez a Monção, a EN 202-2, que liga Arcos de Valdevez a Sistelo, e a EM 530 encontram-se totalmente cortadas.
Quedas de árvores e de estruturas metálicas são as principais ocorrências que não têm dado descanso às três corporações de bombeiros do concelho de Famalicão. Durante a madrugada e início da manhã, fora muitas as chamadas para situações relacionadas com o mau tempo. Algumas árvores e estruturas cortaram estradas e condicionaram o trânsito em algumas vias. Para já, não há registo de feridos.
O Parque de São Roque, na zona oriental da cidade do Porto, está encerrado por causa do temporal.
Entrada no Porto, pela A28, completamente congestionada. Segundo apurou o JN, caiu uma árvore em Leça da Palmeira em cima de um automóvel, no acesso à autoestrada.
Um avião que fazia a ligação Madrid - Porto, da companhia aérea Ryanair, tentou aterrar duas vezes, acabando por voltar para a capital espanhola. O voo inicial, que estava marcado para as 22.45 horas, foi sendo adiado sucessivamente até partir às 5.45 horas. O avião descolou a essa hora, mas, na chegada ao Porto, devido à turbulência e face a duas tentativas de aterragem falhadas, voltou para Madrid. Os passageiros vão seguir de autocarro para o Porto. Segundo apurou o JN, no voo seguia a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro.
Um ramo de uma árvore caiu, esta terça-feira à noite, na rua Altino Coelho, na Maia, impedindo a circulação. A queda do ramo ocorreu cerca das 22 horas, sem causar danos ou vítimas, segundo apurou o JN. Os bombeiros e Proteção Civil da Maia estiveram no local.
Por causa do mau tempo, "verificam-se perturbações significativas na infraestrutura ferroviária em várias localidades". "Estas condições estão a provocar atrasos na circulação dos comboios em diversos pontos do país", informou a CP - Comboios de Portugal, numa nota divulgada nas suas plataformas, prometendo continuar "a manter os passageiros informados sobre a evolução da situação".
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou, entre as 18 horas de terça-feira e as 7 horas de hoje, 567 ocorrências relacionadas com o vento forte, a grande maioria quedas de árvores. Segundo disse à agência Lusa José Costa, oficial de operações na ANEPC, foram empenhados 1805 operacionais e 627 meios terrestres nas ocorrências. "As áreas mais afetadas foram a Área Metropolitana do Porto, Alto Minho e Sub-Região do Cávado", adiantou.
Na Via Norte, a seguir à Efacec, caiu um enorme ramo de uma árvore.
Uma árvore caiu também na Rua Manuel Pinto de Azevedo, junto à discoteca Via Rápida, zona industrial do Porto.
Uma árvore caiu na Rua dos Lagos, na esquina com Avenida Fabril do Norte, na Senhora da Hora, concelho de Matosinhos.
Também no Parque do Carriçal, na Senhora da Hora, caiu uma árvore.
Um árvore caiu, durante a madrugada, em Santa Marinha, Vila Nova de Gaia.
O IPMA informou que a tempestade Kirk deverá deslocar-se para nordeste e passar a noroeste da Península Ibérica, tendo estado "no ponto mais próximo do continente" às 7 horas de hoje.
Entre as 12 e as 23 horas de ontem, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tinha registado 182 ocorrências, a maioria devido ao vento forte. A maioria (82) são quedas de árvores, seguido de 37 ocorrências por quedas de estruturas, estas devido sobretudo ao vento forte.
Os distritos de Braga e Viana do Castelo mantêm-se hoje sob aviso laranja por causa da chuva, do vento forte e agitação marítima (por causa da chuva e vento fortes até às 9 horas de hoje e de agitação marítima até às 0 horas de quinta-feira). Também os distritos do Porto e Aveiro estão sob aviso laranja por causa do vento (até às 9 horas) e agitação marítima (até às 0 horas de amanhã).
Bragança, Viseu, Guarda e Vila Real estão sob aviso laranja até às 12 horas de hoje, também por causa do vento. Ainda sob aviso laranja, mas por causa da agitação marítima estão os distritos de Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria, Beja e Coimbra até às 0 horas de quinta-feira.
Bom dia! A precipitação e o vento forte que se fizeram sentir durante a madrugada e manhã desta quarta-feira, em especial nas regiões Norte e Centro, provocaram mais de 200 ocorrências, essencialmente inundações de vias e quedas de árvores e estruturas, de acordo com a informação disponível no site da Autoridade Nacional da Proteção Civil, às 7 horas.