A Direção-Geral da Saúde está a acompanhar "com cuidado" o aumento de casos de infeções respiratórias e de pneumonia em crianças na China para avaliar a eventual tomada de medidas, avançou a responsável por este organismo.
Corpo do artigo
Rita Sá Machado falava aos jornalistas à margem da apresentação do plano de contingência para a resposta sazonal em saúde, realizada, esta quarta-feira, em Pombal, com a diretora-geral de saúde a expressar ainda preocupação pelas consequências dos constrangimentos registados nas urgências hospitalares para a saúde pública.
Em relação à situação que se vive na China, que esta quarta-feira levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a emitir um comunicado alertando para o aumento dos casos de pneumonia em crianças, Rita Sá Machado adiantou que a DGS se mantém atenta. "Em saúde pública estamos sempre em modo de preparação. Estamos a ver a situação com algum cuidado e a acompanhar. Se for necessário, avaliaremos a implementação de medidas", nomeadamente, "do foro epidemiológico", disse a responsável, salientando que, para já, a resposta das autoridades chinesas à OMS aponta no sentido de as infecões respiratórias estarem dentro do padrão considerado "normal".
Questionada pelos jornalistas se o condicionamento de muitos serviços de urgência no país pode agravar a saúde pública, Rita Sá Machado admitiu sentir alguma apreensão. "Preocupa-nos sempre, mas aquilo que é fundamental é que estejam elencadas algumas respostas para fazer face a estes constrangimentos", disse.
Já a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, defendeu que os cidadãos "podem confiar nos serviços de atendimento nos centros de saúde e nos serviços de urgência", que, "mesmo com dificuldades, são locais de confiança". A governante considerou ainda que a resposta "às especificidades relacionadas com a sazonalidade" está hoje "muito mais consolidada".
Margarida Tavares falava no encerramento da apresentação do plano referencial para o inverno, que está focado em "quatro grandes áreas": sistema de vigilância e monitorização; proteção das pessoas em situação de vulnerabilidade, acessibilidade; organização e prestação de cuidados de saúde, e a literacia em saúde. O objetivo é "prevenir e minimizar
potenciais efeitos do frio extremo na população" e "proteger os mais vulneráveis, crianças e idosos", explicou a governante.